Por Assessoria de Imprensa
A Rede Ecumênica pela Água, órgão do Conselho Mundial das Igrejas, onde estão também representantes da Igreja Católica, lança uma proposta desafiadora: eliminar o uso da água em garrafa no mundo pelos danos que provoca ao ambiente e por ser obstáculo ao acesso universal da água.
Durante encontro realizado em Genebra, a Rede evidenciou o efeito altamente poluidor do processo de produção e de descarte das garrafas de plástico. Ao invés de serem recicladas, de fato, mais de 30% terminam em lixões, em cursos de água e nos oceanos, onde nunca poderão se decompor completamente.
Além disso, segundo a entidade ecumênica, normalmente os governos evitam a própria tarefa de construir redes hídricas para fornecer água potável às faixas da população mais necessitadas, graças à distribuição de água em garrafa. Nos países mais desenvolvidos, as indústrias têm progressivamente influenciado os hábitos dos consumidores convencendo-os, através de campanhas de marketing agressivo, que a água engarrafada é mais segura e mais saudável daquela da torneira.
Durante a reunião em Genebra, os responsáveis da Rede Ecumênica também decidiram lançar mais uma campanha, intitulada "Sete semanas pela água" (Seven Weeks for Water), prevista para 2016. A campanha deve enfrentar a questão hídrica também sob o aspecto do justo acesso à água.
A Rede também enalteceu com grande entusiasmo a Encíclica do papa Francisco "Laudato si", aplaudindo a "profunda visão" e a particular atenção às questões relativas à proteção da criação, às injustiças ligadas à água, às mudanças climáticas e às consequências da perda da biodiversidade.
Com informações Rádio Vaticano