Por Rádio Vaticano
Quando os relógios no Paraguai marcarem nesta sexta-feira 15 horas, o Papa Francisco, salvo algum imprevisto, chegará ao Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, localizado a poucos minutos do centro financeiros de Assunção. Às 18 horas locais visitará o Presidente Horacio Cartes no Palácio de López. Após, se encontrará com o corpo diplomático e membros do Poder Executivo.
Para esta última etapa da viagem do Papa à América Latina, calcula-se que mais de um milhão de argentinos deverá atravessar a fronteira entre os dois países. O fluxo teve início na quinta-feira, feriado do Dia da Independência, naquele que está sendo considerado o maior já registrado em toda a história do país. O Papa celebrará duas missas campais: no sábado, no Santuário de Caacupé e no domingo no Parque Ñu Guazú.
Presidentes sulamericanos
São esperadas as presenças das Presidentes argentina Cristina Fernández de Kirchner e Dilma Roussef e do mandatário uruguaio, Tabaré Vázquez, que deverão se encontrar separadamente com o Pontífice. A Presidente do Chile, Michelle Bachelet também foi convidada para o encontro.
Megaoperação nas fronteiras
Em ambos os lados da frontera foi desencadeada uma megaoperação para evitar incidentes e agilizar a entrada dos vizinhos no país. Um centro operativo foi instalado na cidade de Clorinda, na Província argentina de Formosa, que deberá estar ativo até 48 horas após a partida do Santo Padre. Para a zona de frontera, além disto,foram deslocados 14 postos para o controle de imigração e para agilizar os trâmites.
A maioria dos argentinos viajará nos cerca de seis mil ônibus previstos. Para evitar engarrafamentos, a Direção Nacional de Vabilidade argentina recomendou que as viagens fossem antecipadas em quatro dias. As autoridades argentinas também restringiram a circulação de caminhões na Ruta 11, que leva ao Paraguai, deste quarta-feira até a próxima terça.
Recomendações aos peregrinos
Em Caacupé e Assunção diversos colégios, clubes e paróquias se disponibilizaram em alojar os milhares de peregrinos que chegam. A rede hoteleira está com as reservas esgotadas há meses. Muitos fieis pensam em dormir em seus automóveis ou nos ônibus, ou mesmo ao ar livre, a pesar do inverno. A Embaixada argentina no Paraguai ativou um esquema especial para atender emergencias e auxiliar os concidadãos.
As redes sociais previnem os peregrinos sobre alguns incovenientes, como ter que caminhar de 5 a 10 km para chegar aos locais das celebrações. Recomenda-se que levem calçados cômodos ou botas, já que estão previstas chuvas leves, assim como agua abundante e comida. A escassez de sanitários pode transformar-se num problema.
O tráfego na capital Assunção também sofrerá restrições, visto que o Papa deberá percorrer cerca de 60 km pelas ruas, que estarão fechadas ao trânsito.
