Síria: bispos católicos se encontram em Homs onde em breve voltarão a tocar os sinos

Assessoria de Imprensa

Na terça-feira, 17 de março, os bispos católicos da Síria se reuniram na cidade de Homs, por ocasião da assembleia periódica que acontece duas vezes por ano, a fim de refletir juntos sobre a obra pastoral e caritativa realizada pelas dioceses e eparquias, num país que entrou no quinto ano do conflito.

Além do Patriarca greco-melquita Grégoire III, do Patriarca sírio-católico Ignace Youssif III e de quatorze bispos pertencentes a diversas Igrejas católicas ‘sui iuris', participou do encontro também o Núncio apostólico dom Mario Zenari. Nesta ocasião, a proximidade do papa e da Igreja de Roma aos irmãos bispos sírios foi demonstrada também pela presença do arcebispo Cyril Vasil' SJ, secretário da Congregação para as Igrejas Orientais, e de Mons. Massimo Cappabianca OP, oficial deste dicastério vaticano.

Os pronunciamentos dos bispos relevaram os sofrimentos e as feridas que marcam a vida cotidiana de todas as comunidades católicas sírias e deram testemunho do milagre da caridade que floresce na rede das dioceses e paróquias, em benefício de todo o povo sírio. "A Igreja da Síria é realmente gloriosa: não obstante tanta dor e sofrimento, graças ao apoio de nossos irmãos em todo o mundo, conseguimos ajudar diretamente mais de 300 mil sírios, sobretudo através da Caritas, financiando projetos de emergência num total de 5 milhões de dólares".

Durante o encontro, o bispo caldeu de Aleppo Antoine Audo SJ foi confirmado na direção da Caritas Síria e todos dirigiram elogios à dedicação e à eficiência com que assumiu até agora a sua missão de enfrentar as emergências humanitárias que afetam milhões de sírios.

A decisão de realizar em Homs o encontro dos Bispos católicos assumiu um evidente valor simbólico: "Aleppo está assediada há anos - destaca o Patriarca Grégoire III - mas Homs é talvez a cidade mais martirizada. Por isso, desde que terminou o conflito, os líderes das Igrejas cristãs da Síria a visitaram muitas vezes. Queremos manifestar um cuidado especial com aquele povo ferido e acompanhar o seu desejo de recomeçar. Soube que em breve chegarão os novos sinos, depois que os outros, de antes do conflito, foram roubados. Nós sentimos pena em ver a dor do povo - conclui o Patriarca - e vemos que muitos vão embora porque não aguentam mais o medo e os sofrimentos, mas somos também orgulhosos de nossos padres, de nossos religiosos e religiosas que permaneceram em seus lugares, caminhando junto com o povo na fé em Jesus, mesmo teste tempo tão difícil".

Fonte: Agência Fides

Deixe uma resposta

5 + 5 =