Pastoral da Sobriedade realiza encontro regional

CNBB

Avaliação das ações, oficinas de estudos e sugestões de práticas pastorais nas bases das dioceses são os principais elementos da pauta do Encontro Estadual da Pastoral da Sobriedade do Regional Nordeste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com o tema "Pastoral da Sobriedade a serviço da vida" e o lema "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10, 10), os agentes estarão reunidos de 7 a 9 de novembro, no Centro de Pastoral da diocese de Quixadá (CE).

O evento, de acordo com a organização, também será uma oportunidade para "festejar as lutas e vitórias" dos agentes e coordenadores dos 55 grupos do regional, que atendem cerca de 4 mil pessoas, entre dependentes químicos e familiares.

O Encontro Estadual contará com a presença do bispo de Lins (SP) e responsável pela Pastoral da Sobriedade, dom Irineu Danelon, além do assessor nacional, frei Fritz, e da coordenadora de formação Ernestina Bites Flores.

Projeto

A Pastoral da Sobriedade do regional Nordeste 1 da CNBB realiza, há três anos, um projeto de prevenção ao uso de drogas nas escolas do Ceará. A iniciativa, chamada de "Projeto Prevenir", foi realizada em 78 cidades do estado, somando 450 escolas e aproximadamente 250 mil alunos contemplados com palestras e distribuição de material didático.

Frentes de Trabalho

A atuação da Pastoral da Sobriedade acontece de forma sistêmica e envolve o dependente químico ou o doente emocional, os familiares e amigos. Busca-se neste processo o engajamento nas comunidades e na vida cristã a partir das cinco frentes de trabalho: prevenção, intervenção, recuperação, reinserção social-familiar e atuação política.

De acordo com a Pastoral, a pre­ven­ção é diri­gida ao público que nunca expe­ri­men­tou dro­gas e às pessoas que já as expe­ri­men­ta­ram sem, entre­tanto, terem se habi­tu­ado ao uso ou fazerem uso espo­rá­dico. "Busca, prin­ci­pal­mente, mos­trar que valo­res éti­cos, morais, fami­li­a­res e espi­ri­tu­ais devem ser enal­te­ci­dos e vivi­dos", explicam.

A intervenção é aplicada às pessoas que iniciaram o uso de drogas ou as utilizam de forma "recreativa". É um público que ainda não sofre com os prejuízos mais sérios causados pelos entorpecentes. Aos que já possuem a dependência química ou psicológica, o instrumento utilizado pelas equipes da Pastoral é a recuperação. "Essa ati­vi­dade se faz den­tro dos gru­pos de autoajuda com a par­ti­ci­pa­ção per­se­ve­rante do adicto. Tam­bém pode acon­te­cer em cl­ni­cas e comu­ni­da­des tera­pêu­ti­cas ´espe­ci­a­li­za­das", afirmam os organizadores do Encontro Estadual da Pastoral da Sobriedade.

A reinserção social-familiar do dependente é considerada fundamental para que a recuperação aconteça plenamente. Esta frente de trabalho da Pastoral busca reaproximar o assistido da família e reintegrá-lo na sociedade e no mercado de trabalho. "Para isso é impres­cin­dí­vel que seus fami­li­a­res par­ti­ci­pem dos gru­pos de auto ajuda, pois todos pre­ci­sam de infor­ma­ção, for­ma­ção e sus­ten­ta­ção espi­ri­tual. A famí­lia, a escola, o tra­ba­lho e a igreja são ambi­en­tes de for­ma­ção muito impor­tan­tes, para o desen­vol­vi­mento inte­gral das pes­soas e, por isso, neces­si­tam atuar em inter­de­pen­dên­cia", indicam os agentes.

Por último, há a atuação política. Neste elemento, tem-se como objetivo desenvolver a consciência de que o problema das drogas ultrapassa o dependente e seus familiares. São propostas reflexões sobre a violência, a miséria e a injustiça social.

Fonte: www.cnbb.org.br

Deixe uma resposta

dois × 4 =