Radio Vaticana
Convocar uma Vigília de oração pela paz em Gaza e em todo o Oriente Médio, como aquele que se realizou em 7 de setembro de 2013, na Praça São Pedro em prol da Síria: é o pedido da Conferência Episcopal da Nova Zelândia apresentado ao Papa Francisco através de uma Carta aberta. Na missiva, assinada por Dom John Dew, Arcebispo de Wellington, os bispos manifestam "tristeza e ansiedade pelo terrível conflito em Gaza" e enfatizam o seu "sentimento de impotência", aliviado apenas pela "oração constante pelo fim do conflito e a resolução de problemas de longa data que são a base do mesmo".
Em seguida, os bispos da Nova Zelândia informam o Santo Padre terem encorajado os fiéis locais a "apoiarem o trabalho da Caritas de Gaza", recolhendo fundos para a ajuda humanitária. E não só isso: "Convidamos os fiéis - escrevem os bispos - a rezarem, sozinhos ou em comunidade, pelo fim do conflito"; mas "ainda há muito a ser feito", porque "para aqueles que vivem em paz é obrigatório fazer todo o possível para levar a reconciliação aos outros". A Igreja de Wellington sublinha então, os inúmeros danos causados pelo conflito israelense-palestino à economia de Gaza e a impossibilidade às pessoas "de exercer o seu direito de se tornarem refugiados, atravessar a fronteira, e fugir dos combates".
Olhando também para a invocação de paz para o Oriente Médio, feita no Vaticano em 08 de junho último, por desejo do Papa, na presença de Peres e Mahmoud Abbas, chefes de Estado de Israel e da Palestina, os bispos sublinham a importância da mesma, definindo-a "um evento nunca visto antes". "Nós sabemos - escrevem ainda - que Sua Santidade utilizará toda a sua liderança moral inerente à sua missão para fazer todo o possível para pôr fim aos combates e se chegar a uma paz verdadeira e duradoura entre a Palestina e Israel".
Enfim, os bispos da Nova Zelândia fazem eco ao apelo da Paróquia da Sagrada Família em Gaza e pedem ao Pontífice, "testemunha autêntica do Evangelho", de convocar uma Vigília de oração "global" para pôr fim "a este imenso desastre". (SP)
Fonte: Radio Vaticano