Isaack Mdindile
"Antes de tudo foi Deus, sejais antes de tudo, graça de Deus". Foi com esta frase que o bispo da diocese de Estância, SE, dom Giovanni Crippa, imc, iniciou sua homilia na celebração solene da ordenação diaconal dos missionários da Consolata Urbanus Nzomo, Victor Mbesi, Alex Nthenge e James Njimia, realizada no dia 20 de julho de 2014, na Paróquia São Marcos, zona norte da capital paulista.
Mais de 500 pessoas entre amigos e fiéis compareceram à celebração que teve início às 10h00. A vocação diaconal sendo o primeiro grau do Sacramento da Ordem, nos convida a viver o nosso cristianismo em atitude de serviço na Igreja. O ministério diaconal não é de interesse pessoal, mas sim é um serviço aos irmãos e irmãs na fé.
Os diáconos podem administrar solenemente o Batismo, guardar e distribuir a Eucaristia, assistir e abençoar o Matrimônio em nome da Igreja, levar o viático aos moribundos, ler aos fiéis a Sagrada Escritura, instruir e exortar o povo, presidir ao culto e oração dos fieis, administrar os sacramentais e dirigir os ritos funerários.
Durante a homilia, dom Giovanni comentou que os diáconos não podem ter medo de ser fracos, nem pretensão de ser fortes, mas, sim, generosos e testemunhas das novidades e alegrias do Evangelho. Sendo assim, devem amar o silêncio (pois o mundo de hoje tem medo do silêncio), contemplando o mistério de Cristo. O bispo lembrou as palavras do Bem-aventurado José Allamano, quando afirmava que devemos ser primeiro santos, depois missionários. Não basta administrar os sacramentos é preciso adquirir a experiência pessoal com Cristo.
Hoje tudo mundo fala sobre Deus, mas poucos falam com Deus. Portanto, somos chamados sempre a ser missionários na cabeça, no coração, nas mãos e nos pés.
Depois da oração da ordenação, foram entregues os paramentos litúrgicos: a estola transversal, a dalmática e o evangeliário: ‘'Recebe o evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro; transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar o que ensinares''. (Anselm Grün)
Parabéns queridos diáconos, congratulation deacons, hongereni sana madiakono Urbanus Nzomo, Victor Mbesi, Alex Nthenge e James Njimia. Cabe a vós incentivar e dar visibilidade à partilha, tornando-se, assim, sinais e símbolos da ternura de Deus. A caridade é o agir mais genuíno da fé. Nos tempos de hoje, tão marcados pelo egoísmo e pela perspectiva individualista da posse de bens, a caridade precisa ser despertada, aliás, "antes de tudo vem a caridade, antes mesmo de fazer homilia, antes de rezar, trabalhar ou qualquer coisa devo ter caridade, ou melhor, devo ser caridade" (François X.N. Van Thuan).
Fonte: Revista Missões
