Semana Missionária em São Paulo - terceiro dia

Victor Wafula

Dia 18 de julho foi o terceiro dia da Semana Missionária na Arquidiocese de São Paulo, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude que terá lugar no Rio de Janeiro.

Enquanto se aproxima o dia mais esperado do encontro com o papa Francisco, as atividades da Semana Missionária estão ganhando vigor e a cidade está vibrando do Novo trazido pelos jovens, provenientes do mundo todo. É um ar missionário que se respira na cidade. No entanto, os jovens que vieram sob os cuidados dos missionários e das missionárias da Consolata, não estão fazendo turismo. Aliás, o turismo se transformou em missão. Em outras palavras, os jovens de Argentina, Amazonas, Equador, Quênia, México, estão em plena admiração da realidade missionária, e percebe-se o ardor missionário pelo qual cada um deles se move. A saída tem causado uma mistura de sentimentos no coração de cada um e de cada uma.

Certamente, a abertura ao outro mundo causa um sentimento satisfatório no sentido de que sente na pele o que significa ‘missão sem fronteiras', encontro e desencontros pelo caminho de vida, coragem de avançar e vontade de recuar e, sobretudo, viver a e na cultura do outro. Parece que a cada dia que termina, os jovens têm mais entusiasmo, mais vigor de realizar algo de novo. Fazendo nossas as palavras do Bem-aventurado João Paulo II, não podemos reprimir o eco das palavras: "Vós sois a esperança da Igreja, vós sois o futuro da humanidade...".
Segundo os temas meditados e vividos durante essa Semana, nesta quinta-feira foi contemplado o tema: somos missionários. Pode parecer uma mera coincidência com a vida da juventude ao Brasil, mas na verdade, é mais do que se pode imaginar. Ao começar o novo dia, embarcamos no barco que antes de iniciar a nossa navegação, o grupo de Amazonas nos ligou à Corte Celeste. Pode-se esquecer das pessoas que conduziram esse momento tão significativo, mas jamais se esquecerá da profundidade pela qual foi caracterizado, com seus símbolos: água, terra, sementes, sem mencionar aquelas vozes divinamente angélicas ressoando do fundo do nosso vazio humano, erguendo-se ao Deus Divino. A juventude aspira conhecer a Deus de forma profunda que não seja abstrata, mas sim concreta para poder participar dessa missão. Talvez queira um Deus que se faz jovem, aliás, um deles.

Tendo seus corações ardendo pela missão, os jovens partiram para realizar visitas às famílias, colégios, obras sociais e asilos. Esse foi um gesto missionário, sair de si para is ao encontro do outro, do desconhecido. Encolhidos pelo medo da incerteza do desconhecido, os jovens partiram para essa aventura missionária. O interessante foi ver jovens de diversos países juntos, com dificuldades linguísticas, mas firmemente unidos por um só ideal. É um fato inegável que eles se assustaram com a realidade da missão, com algumas situações vividas, mas, o mais importante é que foram tijolos para ajudar na edificação da Igreja de Jesus, na construção do Reino de Deus.

"Não digas que ainda sou jovem..."

Por volta das 19h30m desta quinta-feira, 18 de julho, os jovens, junto com a comunidade de São Marcos na Pedra Branca, na região metropolitana de Santana reuniram-se com a Igreja para testemunhar um jovem missionário da Consolata dando o sim ao Senhor pela ordenação diaconal. O evento coincidiu com o lema e as atividades do dia. A celebração foi presidida por dom Walmir Alberto Valle, bispo emérito de Joaçaba, Santa Catarina, e estavam presentes inúmeros padres religiosos e diocesanos, religiosas, e um mosaico de rostos de jovens de todo o mundo. Certamente esse é um dos poucos momentos em que se recebe uma graça toda especial.

"Não digas "sou jovem", porque irás àqueles a quem Eu te mandar e anunciarás aquilo que Eu te ordenar". Foi esse o lema escolhido pelo então seminarista Dani Romero Gonzalez, natural da Venezuela, que no meio da semana verdadeiramente missionária foi ordenado diácono na Igreja. Com os corações agradecidos, erguemos a nossa prece para que o Senhor possa chamar muitos jovens à sua Messe, e como o neo-ordenado constatou, "vale a pena seguir Jesus. Vale a pena ser religioso. Temos muitos desafios e dificuldades, mas também as alegrias. Vale a pena dedicar a vida a essa causa. Sim, vale a pena seguir Jesus".

Fonte: Victor Wafula / Revista Missões

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