Uma vigília de oração em favor da vida com simplicidade

Jornal La Croix

Pelo quinto ano consecutivo os bispos de 8 dioceses da França se reúnem com uma multidão de fiéis na Ilha de França (onde está situada a Basílica de Notre Dame) para uma vigília de oração pela vida. A vigília coincidiu com o dia depois do suicídio que suscitou uma grande surpresa em toda a França. Não faltaram especulações que um evento teria a ver com o outro.

Os participantes suspeitavam que essa vigília poderia ser cancelada por causa do suicídio que aconteceu dentro da catedral. Certamente o número de participantes foi influenciado por esse evento porque nos anos anteriores os fiéis atingiam o número de 3 e 4 mil.

A assembléia rezou pausadamente o terço com um tempo de silêncio e de meditação para pensar nas pessoas sem habitação, nas pessoas separadas, de famílias sem meios de vida, de pessoas com doenças graves acolhidas nos centros paroquiais de acolhida.

A oração foi um momento importante para refletir como pensar a vida e acompanhá-la em todas as formas como ela se apresenta. Essa foi a mensagem apresentada por dom Éric de Moulins-Beaufort, bispo auxiliar de Paris e encarregado da organização do evento. Uma oração especial foi rezada pelo cidadão que se suicidou.

"A única igreja que existe é aquela que fala através de nós", é o testemunho de Vincint Badreé, cuja mãe tinha sido aconselhada pelo médico para abortar o filho porque estava doente de rubéola. E acrescentou: "o homem não é digno apenas porque sua vida foi desejada, mas porque ele é quem é".

Para muitos participantes a interpelação dos bispos em favor de uma cultura pela vida, em sentido amplo, foi muito boa. Isto faz pensar que não basta pensar a vida, mas lutar por ela com o testemunho da própria vida cristã mergulhada no Cristo que é a verdade e a vida.
"É dessa fonte que nós captamos o sentido da vida", afirmava Marie-Irène Danitasaike (moradora de Paris) e a partir daí podemos viver em comunhão com outros religiões"

Nós não adoramos uma divindade estrangeira que se chama vida" afirmou o cardeal, porque a vida se traduz na linguagem do amor, o de Deus pelas criaturas, aquele do homem pela esposa e desta pelo homem, dos pais pelos filhos e dos filhos pelos pais e de irmãos pelos seus irmãos".

Jamais a violência trouxe algum progresso para o ser humano para ajudá-lo a conhecer melhor o que é bom. A questão do "casamento para todos" não esteve ausente dos comentários do cardeal André Vingt-Trois. Na introdução e depois de ter lembrado que a catedral "ficou purificada a partir da celebração da Eucaristia" afirmou que o que mais necessita de purificação é o coração humano. Também adolescentes tiveram a oportunidade de tomar a palavra como Antonio de 17 anos, e Irene de 15 anos, estudantes de Paris. Outras manifestações em defesa da vida já estão programadas.

Fonte: Jornal La Croix/Tradução Revista Missões

Deixe uma resposta

um × 4 =