Álvaro Pacheco
Os missionários da Consolata celebraram dia 30 de janeiro, mais uma ordenação sacerdotal de um jovem coreano. Chama-se Kim Myeong-ho José, tem 39 anos e é o quinto missionário da Consolata coreano. Esta é, certamente, a melhor prenda que podíamos ter no ano em que celebramos 25 anos de presença consolatina em terras sul-coreanas. Em breve partirá para a Colômbia, onde se encontra já um nosso missionário coreano.
A celebração da ordenação sacerdotal teve lugar no pavilhão do ginásio desportivo de Uijongbu, uma cidade localizada ao norte da capital Seul. A diocese com o mesmo nome ocupa uma boa parte do território fronteiriço com a Coreia do Norte. Dado que o padre José Kim passou o último ano e meio na nossa comunidade de Tong-Du-chon, a qual se dedica à pastoral dos imigrantes estrangeiros que se encontram na Coreia de forma ilegal, era natural que a ordenação fosse em conjunto com os cinco diáconos da diocese. Sendo a nossa presença na diocese bastante recente (2007), quisemos desta forma dar-lhe a conhecer um pouco mais o nosso Instituto.
O padre Kim José provém de uma das paróquias mais antigas da Coreia: a igreja paroquial de Suryu tem mais de 100 anos e será nela que ele irá celebrar a sua primeira missa. Após alguns anos de inquietação vocacional, apaixonou-se pela missão e, após conhecer o nosso Instituto, iniciou os estudos filosóficos. Quatro anos depois, em 2005, partia para a Itália, onde estudou italiano e terminou o noviciado a 27 de agosto de 2006, com a primeira profissão. Após estudar teologia em Roma, foi destinado à Mongólia onde iniciou o estágio missionário. Porém, um problema de saúde obrigou-o a regressar à Coreia. Sendo impossível realizar o sonho de trabalhar na Mongólia, apaixonou-se pela América Latina enquanto vivia na nossa comunidade de Tong-Du-chon, onde se dedicou à pastoral dos imigrantes latino-americanos. O seu gosto pelas línguas levou-o a aprender espanhol para poder servir melhor estes imigrantes.
Em 25 anos de presença na Coreia, estiveram conosco 16 jovens coreanos, 6 dos quais são hoje missionários da Consolata: temos cinco sacerdotes e um seminarista, atualmente na Argentina fazendo seu estágio missionário.
A Consolata de feições coreanas está presente em três continentes. Esperamos que mais jovens queiram juntar-se a estes seis missionários, de modo a podermos contribuir ainda mais para que a Igreja coreana, rica em vocações sacerdotais e religiosas, possa tornar-se cada vez mais missionária. De fato, a vocação religiosa e missionária é ainda pouco conhecida no ambiente eclesial local, mas aos poucos o interesse pela missão Ad Gentes vai aumentando. Um sinal deste aumento é o fato de alguns bispos estarem interessados em enviar sacerdotes fidei donum para os quatro cantos do mundo. Mas como de momento não temos qualquer seminarista, devemos continuar a pedir ao dono da messe que mande mais operários, incluindo operários missionários da Consolata "made in Korea".
Fonte: Álvaro Pacheco / Revista Missões