Fundamentos da Espiritualidade Ecológica

Qual o sentido e a importância da ecologia integral para a vida humana?

Por Juacy da Silva (organização)

Para entendermos realmente o que é ecologia integral e suas várias dimensões, inclusive, a espiritualidade ecológica ou eco-espiritualidade é fundamental aprofundarmos a compreensão dos diversos conceitos e como ocorrem as inter-relações entre a natureza, a humanidade e o Criador, ou seja, precisamos reconhecer que "Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (livro dos Salmos, 24:1), por isso, o Criador confiou ao ser humano, à humanidade, a missão de cuidar e não destruir todas as obras da criação, razão pela qual o destaque que a Campanha da Fraternidade de 2025 tanto enfatiza em seu lema "Deus viu que tudo era muito bom" (Gn, 1:31).

Mas a ganância humana, a busca utilitarista da natureza, por acumulação de capital e lucro que beneficiam uma minoria tem destruído e continua destruindo, degradando este planeta e, atualmente, devemos reconhecer que "tudo que era muito bom", não está nada bem atualmente e com perspectivas de piorar cada vez mais, a não ser que uma verdadeira conversão ecológica mude radicalmente esta realidade.

QUAL O SENTIDO E A IMPORTÂNCIA DA ECOLOGIA INTEGRAL PARA A VIDA HUMANA?

A ecologia integral é fundamental para a vida humana porque, como nos exorta o Papa Francisco na Encíclica Laudato Si, ao reconhecer "que tudo está interligado" ou seja, existe uma conexão sistêmica ou uma interconexão entre a natureza, a sociedade, a cultura, a religião, os sistema econômicos e políticos, promovendo uma visão holística, integrada e integral entre todos esses aspectos, com o objetivo da busca da justiça social, da justiça climática, da justiça econômica e da justiça inter-geracional, para atingir o bem comum e o bem-estar de todas as pessoas.

FÉ, ESPIRITUALIDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

No Novo Testamento na Carta de São Paulo, em 1º Coríntios 13:13, fica bem claro os fundamentos da vida cristã ao enfatizar que "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade".

A fé e a espiritualidade são fundamentais para a transformação social, pois promovem a esperança, o sentido da vida, a empatia e a ação em prol do próximo, incentivando a construção de comunidades mais justas e solidárias.

Para a CNBB, Ação Sociotransformadora refere-se ao trabalho das pastorais, movimentos, organismos e coletivos que, através de ações organizadas e articuladas, buscam transformar a realidade social, econômica, ecológica e política, promovendo a justiça, a justiça social, a paz e a dignidade humana, com foco na evangelização e na promoção da vida.

Em relação à Caridade, a Cáritas Brasileira enfatiza três níveis ou dimensões: Caridade Assistencial/emergencial; a Caridade Promocional e a Caridade Libertadora, como focos da atuação dos cristãos.

PASTORAL SOCIOTRANSFORMADORA

Para a CNBB, pastoral sociotransformadora, no contexto da Igreja Católica, é uma ação organizada e dirigida pela Igreja, que visa concretizar em ações sociais e específicas à solicitude da Igreja diante de situações de marginalização, buscando transformar a realidade à luz da fé, com o objetivo de promover a justiça e a dignidade humana.Todas as ações pastorais são formas de evangelização.

EVANGELIZAÇÃO COMO SERVIÇO E AÇÃO

A evangelização, na perspectiva da Igreja Católica, não se limita à pregação verbal ou apenas orações ou o despertar do subjetivismo individual, mas também o agir cristão que tanto o serviço aos necessitados quanto as ações sociotransformadoras e a mobilização profética em prol da justiça social (DSI- Doutrina Social da Igreja) e da dignidade humana, sempre tendo o bem comum e a solidariedade como um farol a orientar a caminhada pastoral.

PASTORAL SOCIOTRANSFORMADORA COMO EVANGELIZAÇÃO

A pastoral sociotransformadora, ao voltar-se para a transformação das estruturas sociais, políticas e econômicas que geram desigualdades, violência, exclusão, fome, miséria e injustiças, é uma forma concreta de evangelização, pois busca construir um mundo mais justo e fraterno, conforme os ensinamentos de Jesus e a Doutrina da Igreja.

A DIMENSÃO SOCIOTRANSFORMADORA NA MISSÃO DE JESUS

A dimensão sociotransformadora é vista como inerente à missão de Jesus, que veio "anunciar a Boa Nova aos pobres" e promover a justiça e a dignidade de todos. Isto é também uma forma de evangelização.

Isto fica bem patente e claro no Evangelho de São Lucas, 4:18-19, ao mencionar que "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o Evangelho aos pobres. Ele me enviou para proclamar a libertação dos cativos e a recuperação da vista aos cegos; para restituir a liberdade aos oprimidos e proclamar a época da graça do Senhor".

EXEMPLOS DE PASTORAIS SOCIOTRANSFORMADORAS

Diversas pastorais sociais, como a Pastoral da Ecologia Integral/do meio ambiente, a Pastoral da Criança, a Pastoral da Saúde e a Pastoral da Moradia, Pastoral dos pescadores, Pastoral da Educação, Pastoral Juvenil/da juventude, a Pastoral Afro-brasileira, Pastoral da pessoa idosa, Pastoral das pessoas com deficiência, a CPT – Comissão Pastoral da Terra, o CIMI – Conselho Indigenista Missionário, e outras mais que desenvolvem ações sociotransformadoras são exemplos de como a Igreja Católica se engaja na transformação social e na evangelização através do serviço e da ação.

QUEM MAIS PROMOVE AÇÕES SOCIOTRANSFORMADORAS NA IGREJA?

Além das pastorais sociotransformadoras também os movimentos e organismos e coletivos ligados à Igreja promovem ações sociotransformadoras. Exemplos: A Cáritas, a Economia de Francisco e Clara, as CEBs, o Movimento Fé e Política/Cidadania, o Movimento Laudato Si e outros mais.

IMPORTÂNCIA DA AÇÃO CONJUNTA

A Igreja Católica, através de suas pastorais sociotransformadoras, busca articular ações conjuntas com outras entidades, organismos e movimentos sociais, dentro e fora da Igreja para que a transformação social seja o fruto de um esforço coletivo e estimule a conversão integral, inclusive a conversão ecológica individual e comunitária.

MISSÃO GERAL DAS PASTORAIS SOCIOTRANSFORMADORAS

A missão das Pastorais Sociais é cuidar, defender e promover a vida e a dignidade humana, especialmente dos mais vulneráveis, em fidelidade ao Evangelho, concretizando a solicitude da Igreja em ações sociais e específicas. A espiritualidade que as anima é a de uma Igreja Sinodal, Samaritana e Profética, que se empenha em cuidar da vida e denunciar as injustiças e os pecados ecológicos.

MISSÕES ESPECÍFICAS

1.As Pastorais Sociais têm como objetivo concretizar a missão da Igreja, que é amar e servir aos pobres e a todos aqueles que sofrem injustiças, preconceitos, discriminação e que vivem em situações de vulnerabilidade.

2.Elas são um espaço para a Igreja estar presente junto aos mais necessitados, promovendo a dignidade humana e a transformação social.

3.As Pastorais Sociais buscam a construção de uma sociedade justa e fraterna, onde todos possam viver com dignidade e desfrutar de uma boa qualidade de vida, para as atuais e futuras gerações.

4.Elas atuam em diversas áreas, como saúde, educação, trabalho, moradia, direitos humanos, ecologia integral, defesa dos direitos humanos, acesso à terra, entre outras.

ESPIRITUALIDADE DAS PASTORAIS SOCIOTRANSFORMADORAS

1.A espiritualidade das Pastorais Sociais é a de uma Igreja sinodal, samaritana, profética que se preocupa com a vida e o bem-estar das pessoas, especialmente dos mais vulneráveis.

2.É também a marca de uma Igreja profética, que denuncia as injustiças e luta por uma sociedade mais justa, próspera, sustentável e solidária.

3.A espiritualidade das Pastorais Sociais se baseia no amor a Deus e ao próximo, na solidariedade, na justiça social, na justiça climática e na justiça inter-geracional, enfim, no cuidado com todas as Obras da Criação.

4.Elas buscam viver a fé em ações concretas, transformando a realidade e construindo um mundo melhor, como prenúncio de "uma nova terra e um novo Céu", ou o que denominamos de "terra sem males" ou "Sociedade do Bem Viver".

O QUE É ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA?

A Espiritualidade Ecológica ou Eco-Espiritualidade, é uma abordagem que busca integrar a espiritualidade com a ecologia integral, promovendo uma relação mais profunda e reverente com a natureza e com a vida em geral, reconhecendo a interconexão entre todos os seres vivos e o meio ambiente.

RESUMINDO

É uma relação de harmonia e respeito dos seres humanos (Humanidade) com a natureza (Biodiversidade); dos seres humanos entre si e dos seres humanos com o Criador (Divindade).

ASPECTOS PRESENTES NA ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA

1.Integração e Ressignificação

2.Consciência e Sabedoria

3.Relação de harmonia e respeito com a Natureza (outros seres vivos - biodiversidade)

4.Fé, Comunhão, Solidariedade, Fraternidade e Caridade (Amizade Social) e Esperança de um mundo melhor, justo, solidário e sustentável.

5.Responsabilidade social individual e coletiva; Cuidado com todas as obras da criação

6.Viver em Harmonia com o Criador (Divindade), com a natureza e com os demais seres humanos (Sociedade), na busca da paz, da cultura da paz e do Bem Comum (Bem Viver).

7.Entender a crise ecológica está intimamente relacionada com Crise espiritual mais profunda , com o antropocentrismo e os desertos interiores e também com a falácia do paradigma tecnocrático, quando o ser humano quer ocupar o lugar do Criador/Divindade.

10.Cuidado mais efetivo, afetivo e concreto com a Terra/solos; com as Águas, as nascentes, com o Ar, com o Clima, enfim, com a natureza (toda a biodiversidade).

11. Ações sociotransformadoras e mobilização profética (integração com a Ecologia Política, a questão das estruturas de poder).

12. Mudanças/transformações: hábitos e estilos de vida individuais e comunitários/coletivos e de sistemas de produção (modelos econômicos predatórios, economia da morte) e das relações de trabalho e de consumo, combatendo o consumismo, o desperdício, o uso de combustíveis fósseis e os plásticos, entre outros.

13. Integração entre Espiritualidade ecológica com a Justiça social e com a Justiça intergeracional

O QUE É PECADO ECOLÓGICO?

Pecado ecológico é um termo que se refere à transgressão, violência, desrespeito ou descaso com a ecologia integral. É também conhecido como "pecado contra a criação".

ORIGEM DO CONCEITO

O conceito de pecado ecológico foi aprovado no Sínodo dos Bispos para a Amazônia, em Roma, em 2019. O documento final do Sínodo define o pecado ecológico como uma ação, omissão ou transgressão que contraria o Criador/Divindade, o próximo, a comunidade, o meio ambiente, as atuais e futuras gerações.

O QUE PECADO SOCIAL?

Pecado social é a recusa e a negação que impedem a realização de uma vida em plenitude, com dignidade e da comunhão das pessoas entre si e dessas com o Criador/Divindade. É um espírito egoísta, que gera práticas e estruturas de dominação e opressão, que determina os modos objetivos desumanos das relações humanas na sociedade.

ORIGEM DO CONCEITO DE PECADO SOCIAL OU ESTRUTURAL

Pecado social é um conceito que se refere a políticas públicas, ações individuais ou coletivas, estruturas sociais, culturais, religiosas, políticas e econômicas, de âmbito local, regional, nacional ou internacional que geram injustiças, desigualdades, violência, exclusão, preconceitos, discriminação, fome, miséria, sofrimento e morte, afetando pessoas, as sociedades, os países, enfim, o mundo inteiro.

Pecado social ou estrutural é o pecado cometido contra o próximo, seja contra um indivíduo ou um grupo social. É um pecado que, embora cometido contra os outros, também é um pecado contra Deus.

ORIGEM DO CONCEITO

O Conceito de pecado estrutural ou social considera a tradição dos Pais da Igreja, do Concílio Vaticano II, do CELAM, as conferências episcopais nacionais e a teologia da libertação e contemporânea. O objetivo é relacionar a responsabilidade pessoal com aspectos concretos da realidade, à luz da fé e da Doutrina da Igreja.

O QUE É CONVERSÃO ECOLÓGICA?

A Conversão Ecológica, no contexto da ecologia integral, não é apenas um conceito, mas novas práticas que representem um chamado profundo à mudança e transformação radical de atitudes, estilos de vida, hábitos, ações e omissões em relação à crise socioambiental em curso, principalmente a crise climática, buscando uma transformação profunda, tanto individual quanto comunitária/coletiva, que; possibilite a reconstrução de nossas relações políticas, econômicas, sociais, culturais e religiosas, um maior e melhor cuidado com a "Casa Comum" (o planeta Terra) e a construção de um futuro mais justo, mais solidário, mais humano, mais harmônico e sustentável para todos.

É uma busca contínua/permanente pelo "Jardim do Eden", pela "Terra sem males" e pelo "Bem viver", enfim, a reconstrução de "um novo Céu e uma nova Terra".

O QUE É ESPIRITUALIDADE LIBERTADORA?

A espiritualidade libertadora, em resumo, é uma abordagem ético-religiosa, teológica tanto do cristianismo quanto de outras religiões que busca a transformação social, política, econômica, cultural e religiosa, tanto pessoal quanto comunitária/coletiva, através da fé engajada, encarnada, inspirada no exemplo de Jesus e com foco na luta contra a injustiça, a opressão, a exclusão, a corrupção, a violência, o racismo e a discriminação, buscando a libertação material e espiritual de todas as pessoas e grupos sociais, especialmente dos mais vulneráveis, enfim, dos pobres e oprimidos.

Origem e Contexto – Concílio Vaticano II e Teologia da Libertação

Foco em uma nova prática religiosa que supere o subjetivismo e a alienação, com ênfase nas ações sociotransformadoras e na mobilização profética como instrumentos de evangelização, de transformação da realidade injusta e opressora, em busca da dignidade humana, tendo em vista que todas as pessoas são filhos e filhas de um mesmo Criador e, assim, irmãos e irmãs entre si.

FONTE DE DE INSPIRAÇÃO

A espiritualidade libertadora inspira-se no exemplo de Jesus, que se identificou com os pobres, os oprimidos, os excluídos e lutou contra as injustiças, buscando a libertação integral do ser humano (material/terrena e espiritual).

BASES DA ESPIRITUALIDADE LIBERTADORA

Fé como instrumento da caminhada pastoral: A fé é vista não como um refúgio subjetivo e alienante, mas como um desafio, um motor para a luta por justiça, pela paz, por uma cultura de paz e pela transformação da sociedade.

Prioridade e opção preferencial pelos pobres: A espiritualidade libertadora tem como prioridade a defesa dos direitos dos pobres e oprimidos, buscando a transformação das estruturas que os marginalizam e os excluem da possibilidade de uma vida digna.

Solidariedade e diálogo: A espiritualidade libertadora promove a solidariedade entre as pessoas , o ecumenismo, e o diálogo inter-religioso como instrumentos para a construção de uma sociedade mais justa , fraterna, solidária, tolerante e sustentável.

Crescimento e transformação: A espiritualidade libertadora busca o crescimento espiritual e a transformação pessoal e comunitária/coletiva, incentivando a reflexão crítica, a ação sociotransformadora e a mobilização profética, tendo a fé em um Criador Onipotente, Onisciente, Justo, Magnânimo, Misericordioso como seu fundamento básico.

ECOLOGIA INTEGRAL E ESPIRITUALIDADE LIBERTADORA

"Quando alguém reconhece a vocação de Deus para intervir, juntamente com os outros, nestas dinâmicas sociais (políticas e econômicas), deve lembrar -se que isto faz parte de sua espiritualidade, é o exercício de caridade e, deste modo, amadurece e se santifica" Papa Francisco, Laudato Si 231.

O PAPEL DO LAICATO NA ECOLOGIA INTEGRAL E NA ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA

A espiritualidade do laicato, ou dos leigos e leigas na Igreja Católica, é uma espiritualidade "encarnada", que se caracteriza por seguir os ensinamentos de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna, pela inserção no mundo, defendendo os pobres, oprimidos e excluídos, valorizando a Eucaristia e o Cristo vivo na vida do povo.

Cabe aos leigos e leigas, como agentes da Pastoral da Ecologia Integral contribuírem para despertar a consciência ecológica tanto entre os fiéis católicos quanto entre evangélicos e não cristãos, com o objetivo de promover a conversão ecológica e o enfrentamento da crise climática e outros desafios socioambientais.

A "espiritualidade encarnada" refere-se a uma abordagem e ações que integram a espiritualidade com a vida concreta e as experiências das pessoas no mundo, buscando sempre a manifestação do Criador no cotidiano e nas relações humanas.

A espiritualidade encarnada pode ser vista na prática da caridade, na defesa dos direitos humanos, na busca pela justiça social, na valorização da cultura e na promoção do diálogo entre as pessoas, nas construção da cultura da paz e, também, na defesa da ecologia integral, no cuidado com a Casa Comum e no combate aos pecados ecológicos.

CONCLUSÃO

Para concluir essas reflexões, gostaria de transcrever o item 244 da Encíclica Laudato Si, em que o Papa Francisco nos aponta o rumo a seguir nesta caminhada em defesa da Ecologia Integral e da Casa Comum, tendo a Espiritualidade Ecológica como o principal fundamento de nossas ações, sempre com muita coragem e esperança, sem jamais desistir da caminhada.

"Na expectativa da vida eterna, unimo-nos para tomar a nosso cargo esta Casa que nos foi confiada, sabendo que aquilo que de bom que há nela será assumida na festa no Céu. Juntamente com todas as criaturas, caminhamos nesta Terra à procura de Deus porque "Se o mundo tem um princípio e foi criado, procura quem o criou, procura quem lhe deu início, aquele que é seu criador" Caminhemos, cantando: que as nossas lutas e a nossa preocupação por este planeta não nos tirem a alegria da esperança".

Cuiabá, Abril de 2025 Retiro de Espiritualidade Ecológica – Pastoral da Ecologia Integral – Arquidiocese de Cuiabá.

Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista e Articulador da Pastoral da Ecologia Integral – Região Centro Oeste Email profjuacy@yahoo.com.br Instagram @profjuacy whats app 65 9 9272 0052

Deixe uma resposta

três × 4 =