Irmã Missionária Leottavia Zoller, uma vida dedicada à Missão

Um Sim fecundo, que marcou a vida e a história do povo Roraimense.

Por Mary Agnes Njeri Mwangi

Irmã Leottavia Zoller nasceu em 4 de abril de 1922, em Brentonico, província de Trento, Itália. Seus pais, Bortolo e Angelina Andreolli, a batizaram no dia 8 de abril com o nome de Anna Alma.

Ir.Leottavia ZollerNo ambiente sereno da família, onde a fé foi vivida profundamente, teve uma infância feliz aprendendo a amar o Senhor e a Virgem Maria com amor filial. Este amor levou-a ao desejo de torná-los conhecidos a quem ainda não os conhecia e assim nasceu a sua vocação missionária.

Com apenas 15 anos ingressou no Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata, em 28 de agosto de 1937, em Turim, Itália, onde iniciou a formação religiosa em Sanfré/Cuneo. Viveu este tempo com fidelidade, responsabilidade e entusiasmo juvenil. No dia 2 de julho de 1940 fez os votos e consagrou-se a Deus para a Missão Ad Gentes, segundo o carisma de São José Allamano. No dia 2 de julho de 1946 fez a Profissão Perpétua, entregando-se para sempre à Causa do Reino de Deus, disponível para qualquer tarefa que lhe fosse atribuída.

Em preparação para à Missão, Irmã Leottavia frequentou a Escola de Professores de Turim. A seguir, recebeu sua designação missionária com grande alegria para Rio Branco, hoje conhecida como Boa Vista, a capital do estado de Roraima, norte do Brasil.

Irmã Leottavia foi uma das primeiras irmãs missionárias da Consolata que chegaram em Roraima no dia 12 de maio de 1949. Durante a sua vida missionária, desempenhou diversas tarefas que lhe foram atribuídas com grande responsabilidade, competência e disponibilidade. Com firmeza e entusiasmo deixou-se guiar pela fé na sua realização e orientação: “Tudo para a glória de Deus.”

Madre Leottavia cuidou da educação humana e cristã, da infância e da juventude. Possuía dons naturais particularmente para a música, o canto, a poesia e as pinturas que soube utilizar bem em benefício do apostolado.

Em 1994, como homenagem e memória desta significativa presença, um prédio da antiga residência governamental foi denominado “Centro Cultural Madre Leottavia Zoller”. O nome da casa foi “indicado” pela senhora Luiza Carmen Brasil, conhecida com o nome de Donna Petita, uma de suas ex-alunas.

Esta casa proporcionava um espaço de exposições artísticas, manifestações de cultura regional, documentação e fotografias antigas.

De 1949 à 1979, Irmã Leottavia dedicou sua vida doando os seus dons, despertando a chama do amor de Deus e ao próximo entre os povos da Amazônia. O seu SIM fecundo, como missionária da Consolata, continua a marcar a vida e a história do povo Roraimense.

No ano de 2024, a casa da cultura Madre Leottavia Zoller foi restaurada e transformada também em nova sede da Academia Roraimense de Literatura. Na ocasião, o senhor Reginaldo Gomes autor do livro “Histórias e memórias de Boa Vista - a casa da cultura Madre Leottavia Zoller e a sede da Academia Roraimense de Letras", publicado pela editora da Universidade Federal de Roraima, destaca que a Madre da missão Consolata foi professora de canto e artes, e preparou o primeiro coral de crianças, no começo da década de 1950.

Durante o encontro com as irmãs da Consolata na casa delas em Boa Vista no dia 2 de março de 2025, Dona Petita ressaltou: “Irmã Leottavia foi uma ótima professora, cantora, especialista em artes plásticas, mas sobretudo, Missionária da Consolata, catequista que além da doutrina levava a pessoa a uma relação interior com Deus de forma única e singular.”

Mary Agnes Njeri Mwangi é Missionária da Consolata na Região América.

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