Abertura da Porta Santa inaugura o Jubileu 2025 dedicado à Esperança

Abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015).  Foto: Vatican Media

Abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015). Foto: Vatican Media

Hoje, dia 24 de dezembro, às 19 horas (horário de Roma), o Papa Francisco abrirá a Porta Santa, uma das portas mais famosas do mundo, na qual está gravada a história da Redenção, desde o mal cometido por Adão e Eva até Cristo ressuscitado, vencedor da morte e do pecado.

Por Jaime C. Patias *

Na Porta Santa de bronze, a história, feita de quedas e esperanças, dos milhões de homens e mulheres que, a partir de hoje, 24 de dezembro e durante todo o ano, depois do Papa Francisco, começarão a atravessar a Porta Santa da Basílica de São Pedro, já solenemente decorada com flores vermelhas e amarelas, inaugurando na noite de Natal o Jubileu 2025 dedicado à Esperança.

Às 18h30, depois de um momento de oração, Francisco permanecerá em silêncio diante da Porta Santa, sob o pórtico em frente às cinco entradas da Basílica, e depois empurrará as portas abrindo oficialmente o Ano Santo ordinário. Durante o antigo rito, celebrado pela primeira vez em São Pedro pelo Papa Alexandre VI no Natal de 1499, será proclamado o Evangelho de João: “Eu sou a porta: se alguém entrar por mim, salvar-se-á”. Com as palavras do Salmo 118, Francisco se tornará o primeiro “Peregrino da Esperança”, cruzando o limiar da Porta: “Esta é a porta do Senhor, por ela entram os justos”. É a segunda vez que o Pontífice o faz, depois do Jubileu Extraordinário da Misericórdia que ele mesmo proclamou em 2016.

Os dois lados da Porta Santa em São Pedro antes da abertura (foto de arquivo).

Os dois lados da Porta Santa em São Pedro antes da abertura (foto de arquivo).

Atrás dele, cerca de cinquenta outros peregrinos, a começar pelos cardeais, bispos e sacerdotes concelebrantes, e seguidos por alguns representantes das outras Igrejas cristãs e dos cinco continentes, passarão pela Porta, entrando na Basílica que se encontra junto ao túmulo do Apóstolo Pedro. Uma procissão que representará todos os homens e mulheres do mundo, aos quais este Jubileu pretende anunciar a boa nova da “Esperança que não desilude”, em um momento em que mais de 50 países do mundo são assolados por conflitos armados. Este ano 2024, a Igreja dedicou por vontade do Papa, a redescobrir o sentido da oração e, em particular, da oração pela paz.

Após a entrada da procissão na Basílica, entre cânticos e toques de sinos festivos, terá início a Missa da Noite de Natal, presidida pelo Papa.

Mais de 25.000 fiéis, vindos de todo o mundo, participarão no rito da Abertura da Porta e na Celebração Eucarística na Praça de São Pedro. Segundo a tradição, foi precisamente o povo de Roma que, em 1300, pediu ao Papa Bonifácio VIII que proclamasse um “Ano do Perdão”. Para sublinhar a importância da “popularidade”, uma hora antes do início do rito, por volta das 17h30, terá lugar na Praça de São Pedro uma exposição dos sinos da Pontificia Fonderia Marinelli para anunciar a abertura do Ano Jubilar.

Praça São Pedro pronta para o Natal. Foto: Jaime C. Patias

Praça São Pedro pronta para o Natal. Foto: Jaime C. Patias

Em seguida, no dia 26 de dezembro, o Papa Francisco, num gesto extraordinário, abrirá uma Porta Santa na prisão de Rebibbia, em Roma, para um Jubileu ordinário.

No dia 29 de dezembro, às 10h00, será aberta a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, a Catedral de Roma, e, ao mesmo tempo, os bispos de todas as dioceses do mundo inaugurarão o Jubileu com uma missa juntamente com as suas comunidades diocesanas.

Depois, no dia da festa de Maria Santíssima Mãe de Deus, 1 de janeiro, a Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior será aberta às 17 horas. Por fim, no dia 5 de janeiro, a partir das 10 horas, os peregrinos poderão também atravessar a Porta Santa da Basílica de São Paulo Fora de Muros.

Os jubileus são momentos preciosos para fazer um balanço da nossa vida, tanto a nível individual como comunitário. São também ocasiões de reflexão, de recolhimento e de escuta do que o Espírito Santo nos diz hoje (Ap 2,7).

* Padre Jaime C. Patias, IMC, Secretariado para a Comunicação, Roma.

Deixe uma resposta

quinze − 8 =