Missionar é sair de si mesmo e dar o melhor de si mesmo

Em uma mensagem em vídeo, o Papa agradece e encoraja a missão de solidariedade da paróquia argentina de Nossa Senhora da Assunção entre os pobres da comunidade indígena dos Wichi, nas montanhas da fronteira entre a Bolívia e o Paraguai
Por Vatican News

"A missão (espanhol literal: misionar) é sair de si mesmo para dar o melhor de nós mesmos e o melhor que Deus dá, e isto é uma coisa muito bonita". Assim, em um vídeo, o Papa Francisco dirigiu uma mensagem em espanhol aos participantes da missão de solidariedade da paróquia de Nossa Senhora da Assunção na Argentina, na diocese de Rio Cuarto.

Os sonhos são construídos juntos

Durante uma semana, como acontece nos últimos três anos, trinta pessoas, incluindo jovens e adultos, participaram da missão, sobre o tema extraído da encíclica Fratelli Tutti, "Os sonhos são construídos juntos", organizada entre as populações nativas de Salta, Victoria Este e a Diocese de Orán pelo Padre Mariano Cordeiro. O Papa Francisco enviou ao sacerdote suas saudações juntamente com uma bênção e um agradecimento a todos: "obrigado pelo que fizeram, obrigado por este trabalho. Vão em frente". Francisco então assegura orações e pede para que rezem para ele. Por fim encoraja: "voltem a missionar".

Entre os mais pobres, a carne de Jesus

A missão foi realizada em um dos lugares mais pobres do país, atormentado pela desnutrição, falta de água potável, assistência médica e sanitária: em meio à comunidade indígena Wichi nas montanhas, na fronteira com a Bolívia e o Paraguai. "Nós os visitamos", disse o padre Mariano, "celebrando batismos, missas, festas, acompanhando famílias, brincando com crianças, levando a Palavra de Deus, compartilhando vida e fé, enriquecendo-nos com a cultura de nossos irmãos e irmãs nativos, indo ao encontro dos mais pobres entre os pobres. Conseguimos tocar a carne de Jesus nessas pessoas. Em meio à extrema pobreza, que nos fere e nos torna impotentes, Jesus olhou para nós e sorriu no rosto de cada irmão".

Onde bate o coração do Reino

"Nosso desejo – afirma ainda o sacerdote - é crescer na amizade com estas comunidades nativas, ser seus companheiros. É por isso que os visitamos duas vezes por ano, e viajamos mais de 5 mil quilômetros chegando às periferias, às montanhas, onde bate o coração de nosso amado Reino, o Reino de Jesus, o Reino dos pobres, o Reino dos pequenos.

 

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