Nigéria: ataque deixa 110 agricultores mortos

Celebração do funeral dos mortos no massacre em Zabarmari. Foto: Le Matin

Celebração do funeral dos mortos no massacre em Zabarmari. Foto: Le Matin

Terroristas armados chegaram de motocicletas e atacaram brutalmente mulheres e homens que trabalhavam nos campos na aldeia de Koshobe, Estado de Borno, nordeste da Nigéria, deixando pelo menos 110 civis mortos no sábado, 28 de novembro, de acordo com agentes das Nações Unidas.

Por Redação *

O grupo jihadista Boko Haram costuma agir naquela região do país ainda que ninguém tenha assumido a responsabilidade pelo massacre. Um comandante do exército nigeriano informou que no passado, os terroristas do Boko Haram realizaram ataques semelhantes aos agricultores resultando na morte de pelo menos 36.000 pessoas na última década. Além disso, mais de 2 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas.

O massacre teve lugar no dia das eleições locais no Estado de Borno, o primeiro desde o começo da insurreição do Boko Haram em 2009. E já há fontes que os apontam como responsáveis. O ataque de sábado foi no dia das eleições locais, as primeiras organizadas

As vítimas foram sepultadas neste fim de semana em Zabarmari. “Todo o país está ferido”, disse o presidente Muhammadu Buhari. Enquanto isso, as autoridades continuavam procurando corpos, especialmente nas regiões pantanosas dos arrozais.

Segundo a BBC, além do massacre, cerca de 15 mulheres foram sequestradas. Os agricultores “foram atacados porque na sexta-feira desarmaram e prenderam um pistoleiro do Boko Haram que os estava incomodando”, disse Ahmed Satomi, membro do parlamento local, ao jornal Premium Times e citado também pela BBC.

Agricultores, pescadores e lenhadores são continuamente atacados pelos jihadistas, que os acusam de transmitir informações ao exército ou de não pagar o “imposto” jihadista, que é obrigatório para exercer atividade econômica em algumas zonas de Borno.

* Com informações da ONU, BBC e Avvenire.

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