Fomos vítimas de atos de violência que demonstram uma falta de capacidade para construir novos caminhos.
Amazônia: Casa Comum, a iniciativa de várias organizações que estão realizando uma série de eventos que levam a Amazônia a Roma para o Sínodo, emitiu um comunicado afirmando: “Lamentamos profundamente, e por isso denunciamos, que nos últimos dias fomos vítimas de atos de violência, que refletem a intolerância religiosa, o racismo, atitudes vexatórias que, sobretudo, afetam aos povos indígenas e demonstram uma falta de capacidade para construir novos caminhos para a renovação da nossa Igreja.”
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Alguns grupos, que se apresentam como guardiões da sã doutrina, se posicionaram contra o Sínodo nos últimos meses, menosprezando a voz que emergiu de um processo de escuta em que milhares de pessoas participaram, que mostraram “suas propostas, suas opiniões sobre como construir uma Igreja com rosto amazônico, uma Igreja que oferece sua essência para a Igreja universal”.
Foto: Luis Miguel Modino
É um ataque a todas as reformas que o Papa Francisco quer introduzir na Igreja, inspiradas no Concílio Vaticano II, que alguns, depois de mais de cinquenta anos, continuam a ver como algo estranho à fé católica que afirmam professar.
Foto: Luis Miguel Modino
No comunicado, Amazônia: Casa Comum, expressa que “presença e iniciativas foram em todo momento realizadas de forma pacífica, sempre em atitude orante e pedindo a ação do Espírito neste processo sinodal”, deixando claro que “não vamos responder a estas atitudes de violência". Diante disso, lembram-se das palavras do Papa Francisco em sua homilia deste último domingo, "que nosso coração vá muito além das aduanas humanas, muito além dos particularismos fundados em egoísmos que não agradam a Deus".