É melhor para vocês que eu vá, pois, se eu não for, o Paráclito não virá (Jo 16, 7).
Por Geovane Saraiva*
Papa Francisco é criticado, até mesmo insultado, por alguns católicos, por causa do seu encantamento pelo Evangelho de Jesus, com seu enorme coração, num esforço de ser coerente e fiel ao projeto do Pai. Vemos, de verdade, a realização da profecia proclamada por Jesus de Nazaré. Essa profecia divide, sendo consequente e escandalosa. A reação se torna evidente, quando pobres, estrangeiros e os últimos da sociedade entram na mesma lógica: a de uma Igreja em saída, inclusiva e com sensível clamor dos empobrecidos, dos migrantes e dos refugiados. Que nossa oração chegue aos céus, unida à oração do Santo Padre: “Rezemos por aqueles que vivem em estado grave de enfermidade. Protejamos sempre a vida, dom de Deus, desde o início até a morte natural. Não cedamos à cultura do descarte”.
Somos convencidos de que a criatura humana é para ser plenamente livre, a partir do mistério da redenção, tendo a compreensão de que, dentre os dons pascais, o maior é o do Espírito Santo. Jesus de Nazaré O anunciou, na força da obediência ao Pai, introduzindo-nos na verdade e no amor, enquanto preparava os discípulos para sua partida. Vemos intimamente ligadas as verdades do anúncio do Senhor Jesus, afirmando com clareza: Era preciso que Jesus morresse, ressuscitasse e subisse ao céu. No vigor da missão, a do seu Espírito a nós cristãos, acolhamos, pois, o interesse salvífico do Pai, a nos dizer: “É melhor para vocês que eu vá, pois, se eu não for, o Paráclito não virá” (Jo 16, 7).
Ó Jesus, permita-nos recordar o Santo Espírito em tudo por vós anunciado! Diante dos nossos olhos precisamos sempre colocar que, por ocasião do seu feliz retorno no final dos tempos, sejamos, evidentemente, reconciliados e pacificados no amor. Da nossa parte, devemos estar apropriados do Espírito da verdade, que é a mais absoluta clareza da paz que nos é dada já neste mundo e eternizada no mundo futuro. A paz de Deus, segundo Santo Agostinho, nos é oferecida, agora, com o claro fim de nela permanecermos, ficando para nós um único objetivo: vencer o mal e o inimigo com todos os seus frutos. Pela paz que vem de Deus como dom e graça, que reine o amor mútuo, com o céu já aqui na terra. Que possamos ser um mundo solidário, de justiça e paz, longe das contrariedades, angústias e frustrações.
Ao se encerrar o mês de maio de 2019, valemo-nos da Santa Mãe de Deus, no que disse nosso querido padroeiro, Santo Afonso Maria de Ligório, a seu respeito: “Ó Maria, crestes na palavra do Anjo e, permanecendo virgem, seríeis a Mãe do Senhor, e assim presenteaste o mundo com a salvação. Desse modo, vossa fé abriu-nos o Paraíso”. “Ó ditosa e bem-aventurada sois vós, ó Maria, porque crestes que se cumpriria em vós o que da parte do Senhor vos fora dito” (Lc 1, 45). Assim seja!