Como é maravilhoso olhar para aquele que constantemente está ao lado da criatura humana, nas alegrias e esperanças, tristezas e angústias da vida, amando cada pessoa, indistintamente!
Por Geovane Saraiva*
O ensinamento de Jesus é com autoridade, porque humaniza, salva, faz crescer a liberdade e desperta o amor à vida: dom e graça. Por meio de sua ação, quer que todos se salvem, revelando-se defensor da vida nas suas palavras encantadoras, que denotam confiança e afastam as pessoas do mal. Juntos e unidos a Jesus, sensíveis aos seus ensinamentos salvíficos, o acolhamos de coração aberto, na confiança de sua palavra, fonte que ilumina e liberta. Jesus afasta o mal e a violência do interior humano, indo ao mais profundo do seu ser, curando-o.
Como é maravilhoso olhar para aquele que constantemente está ao lado da criatura humana, nas alegrias e esperanças, tristezas e angústias da vida, amando cada pessoa, indistintamente! Jesus é a palavra última e definitiva, na sua missão de salvar a criatura humana. Na mais elevada confiança de que ele é o Filho de Deus, que desceu do céu e veio morar entre nós, quer de nós um constante compromisso, que nasce na força de sua palavra, indica-nos o caminho da verdadeira vida e demonstra todo o seu amor grande e infinito, na doação de sua própria vida pela realização plena da humanidade: a redenção.
O ensinamento de Jesus com autoridade na Sinagoga de Cafarnaum, num dia de sábado, neutraliza a ação do demônio, que subjuga e aliena as pessoas, impedindo-as de pensar e de agir por própria conta (Mc, 1, 21-28). Manifesta, igualmente, a vontade de Deus-Pai, na salvação que nos é dada de presente, eixo da vida dos cristãos. Nela renova-se a esperança e aponta-se o verdadeiro sentido da vida, pela graça da missão do Senhor, que tem seu apogeu na ressurreição, e experimenta-se a plenitude em Deus, dom maior da vida humana.
Acolhamos, pois, com grande alegria, a chegada do reino de Deus em nossas comunidades de fé, pelo anúncio da Boa Notícia no início do Evangelho de São Marcos. Convencidos de que o mal precisa ser exorcizado e enxotado, queiramos nunca perder de vista o Evangelho dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), na parte central da explicação das Escrituras e no anúncio da ressurreição, na qual encontramos o próprio Jesus ressuscitado, tornando-se irmão, amigo e companheiro de caminhada, ao revelar seu projeto redentor e salvador. Assim seja!