Congresso Missionário vai de 7 a 10 de setembro, em Recife, PE.
Por Robério Crisóstomo
No dia em que o país comemorava sua Independência (7 de Setembro), cerca de 700 delegados, entre eles, bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos das mais variadas pastorais, movimentos e organismos da Igreja de todo o país, davam início ao 4º Congresso Missionário Nacional, na arquidiocese de Recife e Olinda, em Pernambuco.
O arcebispo de Olinda, dom Antônio Fernando Saburido deu as boas vindas aos congressistas que lotaram o Teatro Madre Chantal, do Colégio Damas, no bairro das Graças, em Recife, motivando-os a conduzir o Congresso nas mais variadas intenções que cada um trouxe dos seus respectivos regionais. “Que a alegria do Evangelho para uma Igreja em saída não fique somente neste Congresso, mas que alcance a todos os corações de cada pessoa que sofre, que passa por tribulações e todo tipo de perseguição”, afirmou dom Antônio.
A temática da abertura do Congresso foi poder afirmar que a Igreja deve recuperar seu carisma inicial, aquele deixado por Jesus. E isto só será possível na medida em que houver iniciativas eclesiais de uma Igreja em saída.
A pluralidade dos participantes no Congresso é sinal de que somos diferentes, desde as mais variadas culturas e realidades geográficas, sobretudo sociais, mas, justamente nessa pluralidade é que a diferença deva ser marcada. “Por mais que estejamos vivendo tempos difíceis no Brasil e no mundo, no campo político e social, temos que testemunhar que esse mundo tem que ser transformado”, afirmou dom Antônio. Percebemos que não tem como se iniciar um Congresso Missionário Nacional fora do contexto político atual em que cada brasileiro está vivendo e enfrentando, nas situações de corrupção de políticas marginais desafiadoras para com as causas da vida e da fé.
Dom Fernando lembrou ainda que “estamos todos na terra de um que bispo que foi sinal de fé e testemunho missionário e profético, dom Hélder Câmara. Esta é uma das motivações que deve envolver a temática e decisões deste evento missionário. Sem dúvida, a missão de Cristo marcou a missão da Igreja, missão esta que deve ser assumida com mais radicalidade e testemunho de vida doada em prol dos que mais sofrem, no amor de Cristo aos pobres, aos sofredores e perseguidos e vítimas de todo tipo de opressão. Trata-se do testemunho pessoal e comunitário que cada um aporta desde suas comunidades eclesiais de origem”.
O diretor das POM, padre Maurício da Silva Jardim também falou na abertura do evento, assim como o presidente do Congresso Missionário e da Comissão Episcopal para a Animação Missionária da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias, afirmando que “a missão nasce do encontro com Jesus e que ela é obra de Deus”.
A vice-presidente do 4º Congresso Missionário e presidente da Conferência Nacional dos Religiosos (CRB), Irmã Maria Inês revelou sua alegria ao ver que, “cada vez mais, cresce o número de leigos e leigas na missão”.
A programação segue nesta sexta-feira, dia 8, com duas conferências, 24 oficinas e o lançamento da Campanha Missionária 2017.