As tensões e violências em Jerusalém preocupam o papa Francisco.
Por Agência EFE
O Papa Francisco fez ontem, 23 de julho, um apelo para incentivar a moderação e o diálogo entre palestinos e israelenses em Jerusalém. O apelo do líder da Igreja Católica ocorreu pouco mais de uma semana após o atentado na Esplanada das Mesquitas, no dia 14, que deixou cinco mortos.
Desde o ocorrido, uma onda de violência estourou na região.
"Acompanho com preocupação as graves tensões e violências desses últimos dias em Jerusalém. Sinto a necessidade de expressar um apelo à moderação e ao diálogo. Peço que se unam a mim nas orações para que o Senhor inspire todos para o propósito da reconciliação e da paz", disse o papa no Vaticano, durante a tradicional celebração do Angelus.
A escalada de violência teve início após a morte de dois policiais israelenses na Cidade Velha de Jerusalém. Os agentes foram mortos a tiros por três árabe-israelenses abatidos logo em seguida. O governo de Israel afirmou que as armas utilizadas haviam sido escondidas na Esplanada e fechou o acesso ao local por dois dias.
Desde então, as autoridades de Israel aumentaram as medidas de vigilância e irritaram os palestinos que consideram a Esplanada um dos lugares santos de Jerusalém. Foram colocados detectores de metais na entrada e somente homens com mais de 50 anos tiveram o acesso permitido à Esplanada das Mesquitas para as tradicionais orações de sexta-feira.
Nos últimos dois dias, quatro palestinos morreram em enfrentamentos com as forças de segurança em Jerusalém Leste e na Cisjordânia, enquanto três israelenses foram assassinados por um palestino durante um jantar.