Missionários dos quatro continentes se reúnem em Roma para definir orientações e normas do Instituto para o futuro.
Por Diamantino Antunes *
Os missionários da Consolata abriram hoje, dia 22 de maio, na Casa Geral em Roma, o seu XIII Capítulo Geral. O Capítulo Geral, convocado de seis em seis anos, é a assembleia dos representantes do Instituto dos vários países onde os missionários trabalham no mundo. Tem como objetivo examinar a vida e atividade missionária e definir as orientações e normas para o futuro.
A abertura começou com uma procissão, tendo na dianteira o superior geral, padre Stefano Camerlengo que levava nas suas mãos o Círio Pascal, sinal da presença de Cristo Ressuscitado que com a sua luz nos ilumina na estrada da missão. Já na sala capitular, a assembleia invocou o Espírito Santo.
Em seguida, o padre Stefano tomou da palavra e falou do Capítulo como uma experiência pascal, portador de uma grande novidade, uma criação nova no espírito, que nos concede uma forte e empenhada esperança. Recordou os padroeiros do Capítulo, São Paulo e São Barnabé, modelo missionário para nós pelo seu ardor, coragem e amizade.
Em seguida procedeu-se à chamada de cada padre capitular e cada qual se aproximou do círio pascal e acendeu a sua vela. Seguiu-se a profissão de fé e o juramente de cada um.
O resto do dia foi dedicado à distribuição das responsabilidades (moderadores, secretários, equipe de redação do texto final, liturgia), aprovação do regulamento do Capítulo e do horário.
Foram identificados os objetivos do Capítulo:
1. Revitalizar o carisma do Instituto encarnado em cada missionário;
2. Consolidar a reorganização que o Instituto escolheu no XII Capítulo (2011) através da aprovação dos projetos missionários continentais e do espírito de continentalidade.
3. Delinear a identidade, a subsidiariedade e as funções dos conselhos continentais tendo por base a experiência deste sexénio.
4. Programar as linhas de revitalização e reestruturação comuns para todo o Instituto que garantam a sua unidade, com particular atenção à formação.
5. Rever a identidade, a composição, a função da Direcão Geral em articulação com os conselhos continentais.
6. Definir estratégias para que nos continentes e nas circunscrições a economia de comunhão seja vivida segundo os critérios da solidariedade, sustentabilidade e equilíbrio entre autonomia e subsidiariedade.
Foram também estabelecidos alguns critérios fundamentais:
1. O Capítulo deve ajudar a avaliar e confirmar o caminho realizado no sexénio;
2. Sonhar e programar inspirando-se na Igreja guiada pelo Papa Francisco.
3. Trabalhar para nos qualificarmos em três níveis: pessoal, comunitário e missionário.
4. Queremos uma revitalização carismática e estrutural, profunda, simples e fraterna.
O primeiro dia de trabalhos, terminou com a celebração da Santa Missa presidida pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, que nos convidou a viver o Capítulo como um momento de esperança, renovação e empenho missionário.
Os participantes são 46 e trabalham na Europa, África, América e Ásia. Representam Moçambique o superior regional, Padre Diamantino Antunes, e o delegado, padre Pedro Elias Sisto.