Missionárias da Consolata realizam Assembleia

Assembleia das Missionárias na Amazônia discute rumos da missão.

Por Mary Agnes Njeri Mwangi

Entre os dias 15 e 19 de fevereiro de 2025, realizou-se a Assembleia Anual na modalidade presencial das Missionárias da Consolata na Amazônia. O evento ocorreu na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima.

As Irmãs Missionárias da Consolata chegaram no que então se denominava Rio Branco, hoje capital do estado de Roraima, Boa Vista, no ano de 1949. Na simplicidade das pequenas coisas foram dando seu sim junto aos doentes, idosos, crianças, jovens, mulheres e povos indígenas. Na década de 70 abriram sua presença no estado do Amazonas. Desde então, começaram a realizar encontros sistemáticos anuais de aproximadamente uma semana, com o objetivo de reviver e avaliar as suas experiências missionárias e, consequentemente, assumir juntas os novos rumos de missão com a Igreja na Amazônia.

A Assembleia deste ano de 2025 teve como tema CAMINHAR NA SINODALIDADE A PARTIR DA SANTIDADE COTIDIANA. Valeu-se da espiritualidade como lema transversal, a arte da escuta e o silêncio fecundo como metodologia do encontro.

No primeiro dia da Assembleia, as Irmãs dedicaram tempo para reflexão e partilha sobre o “caminho de reforma do coração” um chamado para entrar na profundidade do ser. Arte da escuta e o silêncio prolongado. Esta dinâmica no início da Assembleia, levou cada participante a experimentar aquela chama da essência humana acesa em cada um. Algumas Irmãs sublinham a experiência como: “uma viagem muita rica, que precisa ser assumida por toda a vida, uma peregrinação interior que exige silêncio específico para escutar a si mesma e, por fim, a acolhida das inspirações que vêm do coração". O exercício ajuda a acolher ou responder algumas perguntas que nascem no coração. Quem sou? Que sentido tem a minha vida? Como gostaria de viver neste mundo? Quais são as minhas escolhas e por que?

A partir do segundo dia da Assembleia, cada comunidade religiosa partilhou seus compromissos apostólicos, algumas alegrias e desafios enfrentados, bem como os sinais de esperança a médio e longo prazo. As partilhas a nível comunitário e na plenária despertaram a renovação dos compromissos missionários de cada comunidade no contexto urbano ou entre os povos indígenas.
No que se refere à Pastoral de animação vocacional e a missão dos Leigos Missionários da Consolata (LMC), a Assembleia reconhece que cada Irmã é uma animadora vocacional e que os leigos fazem parte da família Consolata com carisma específico como leigos missionários. Onde for possível, a animação missionária será desenvolvida junto aos LMC/IMC. A primeira vocação a ser animada é a da minha irmã que está ao lado. Considerando que há algumas jovens que se sentem chamadas a dar respostas concretas como Missionárias da Consolata, decidiu-se que cada comunidade escolherá uma Irmã de referência neste campo.

As temáticas sobre economia, autosustentabilidade das comunidades e compromisso de viver a ecologia integral foram trabalhados a partir das questões práticas cotidianas. Vida em comunhão e fraternidade. Confirmou-se que o primeiro cuidado com a ecologia é o cuidado com o ser humano. Cuidar da ecologia do coração. Cuidar do próximo e do ambiente.

A Assembleia proporcionou momentos de festejos no dia do Fundador, São José Allamano, em 16 de fevereiro. A retomada da nossa história na Amazônia, elaboração dos encaminhamentos tais como: o compromisso da cada irmã no caminho de reforma do coração, assunção do empenho específico na convivência fraterna em cada comunidade, renovação do projeto missionário em confronto com a realidade e seus apelos apostólicos.

As Missionárias da Consolata em diferentes partes do mundo enviaram mensagens desejando uma bela e frutuosa Assembleia, isso fortalece os laços de Comunhão, o sentir o Instituto das irmãs Missionárias da Consolata um “corpo único e unido”.

Mary Agnes Njeri Mwangi, missionária da Consolata na Região América.

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