Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade.
Por Laís Silva, A12
Chegamos ao Ano Santo, o ano do Jubileu de Esperança, e para vivenciar este momento Papa Francisco nos convida a sermos verdadeiros Peregrinos de Esperança.
Na bula para o Jubileu de 2025, o pontífice explicou o significado de uma peregrinação, principalmente no ano jubilar.
“Não é por acaso que a peregrinação representa um elemento fundamental de todo o evento jubilar. Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade”.
Desde o primeiro Jubileu em 1300, convocado pelo Papa Bonifácio VIII, a peregrinação tem sido uma manifestação concreta de fé e devoção.
Durante o Jubileu, os católicos podem obter indulgências plenárias, que são perdões dos pecados. Para isso, precisam cumprir certos requisitos, como peregrinar a locais sagrados, incluindo as Portas Santas.
Atravessar as Portas Santas, abertas exclusivamente durante o Ano Santo, simboliza entrar na misericórdia divina.
Peregrinar não é simplesmente sair de um local e ir a outro, é, na verdade, uma oportunidade de conexão com Deus. Ao iniciar sua peregrinação física, o cristão inicia também uma jornada espiritual de renovação, e cada passo dado é acompanhado de uma reflexão, uma oração, uma conversão.
Nossa Senhora nos conduz para vivenciarmos da melhor maneira o Ano Santo, Ela é como um farol que nos mostra Cristo, uma âncora que nos une a Ele, é também uma chama de Esperança, que nos conduz em nosso caminho.
E é por isso que o Papa nos pede para não esquecermos da Virgem Maria durante este Ano Jubilar, ele inclusive reforça o pedido para que os fiéis possam peregrinar até os Santuários e quando forem aos Santuários Marianos, rezarem diante de Nossa Senhora.
“Neste Ano Jubilar, que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança. Aos peregrinos que vierem a Roma, convido-os a fazerem uma paragem orante nos Santuários Marianos da cidade a fim de venerar a Virgem Maria e invocar a sua proteção. Estou confiante de que todos, especialmente aqueles que sofrem e estão atribulados, poderão experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos; Ela que é, para o santo Povo de Deus, «sinal de esperança segura e de consolação»”.
Em Aparecida, o Santuário Nacional e a Basílica Histórica são Igrejas Jubilares, e todos os fiéis estão convidados a serem Peregrinos de Esperança e vir a Casa da Mãe para vivenciar o Ano Santo.