Igreja no Brasil é convidada a rezar pela vocação ao ministério ordenado: diáconos, padres e bispos

Por Larissa Carvalho
Foto: Wesley Almeida/Canção Nova

O mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil, é dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Em 2024, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB convida a refletir a temática “Igreja como uma sinfonia vocacional” e o lema “Pedi, pois, ao Senhor da Messe”.

Cada semana do mês é dedicada a alguma vocação específica:

1ª Semana: vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;

2º Semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);

3ª Semana: vocação para a vida consagrada: religiosos (as) e consagradados (as) seculares;

4ª Semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidades.

Dentro da primeira semana, no qual é recordada a vocação para o ministério ordenado, foi celebrado o Dia do Padre, em 4 de agosto, data de grande significado para a Igreja Católica e para toda a comunidade cristã. Um levantamento da Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) aponta, em 2023, a existência de 22.164, sendo 15.227 padres diocesanos e 6.937 religiosos.

Atualmente, mais de 20 padres prestam serviços à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), seja atuando nas assessorias das Comissões Episcopais ou dedicando-se ao trabalho do Secretariado Geral e, ainda, colaborando nas Edições CNBB, editora da Conferência.

“Ministério presbiteral é uma graça”

No exercício de suas missões, os sacerdotes enfrentam desafios e dificuldades, mas também colhem alegrias e realizações espirituais. Padre Antônio Gomes, assessor da Comissão para a Juventude da CNBB, é salesiano e completou 25 anos de ordenação em janeiro desse ano. Para ele, celebrar o ministério presbiteral é uma graça.

“É um chamado que acolhi na minha vida e estou levando, penso que a bom termo. E aí é uma graça fundamental a vocação na vida de uma pessoa, uma vocação bem feita e realizada ajuda o seu entorno também a estar num clima, na caminhada de fidelidade ao Evangelho de Jesus”, disse.

Padre Antônio destacou que ao longo de sua caminhada já morou em Pernambuco, no Ceará, e agora, no Distrito Federal. Voltado ao trabalho com a juventude, fruto do carisma salesiano, destacou que sua motivação é estar na caminhada com a Igreja fazendo com que as novas gerações possam perceber a beleza do chamado e possam também encontrar o seu lugar no mundo.

Como assessor da Comissão para a Juventude comentou que, em nível nacional, tem percebido uma beleza imensa de lideranças que assumem o protagonismo do trabalho com as juventudes.

“Percebo também a Igreja preocupada com esse caminho, tentando ajudar e nesse sentido o Plano Nacional “Ao seu lado”, que está em sintonia com o Documento 85 da CNBB, vai também dando esse norte e esse suporte para um bom trabalho, um trabalho significativo com as juventudes”, enfatizou padre Antônio.

“Sou feliz na missão que abracei”

Membro do Secretariado Geral da CNBB, padre Jânison de Sá, atual subsecretário adjunto geral da CNBB, completará 29 anos de ordenação. Ele destaca que celebrar o dia do padre é oportunidade preciosa para refletir sobre a importância do ministério sacerdotal. “Para mim é uma missão muito importante. É o chamado de Deus”, salienta.

O sacerdote já morou em Olinda, Recife, onde cursou Filosofia, e em Belo Horizonte, Minas Gerais, local em que cursou Teologia. Já em Roma, fez mestrado e doutorado. “Todo esse período enfrentei desafios e muitas alegrias, mas sempre busquei a fidelidade a Jesus, o Evangelho na sua Igreja, respondendo ao chamado que Deus me fez”.

Ele já atuou em várias frentes, desde o exercício paroquial até a função de coordenação de catequese, passando por direção espiritual e reitor de seminário, acumulando uma vasta e rica experiência. “É uma missão gratificante, nunca me arrependi de ter recebido o chamado de Deus. Procuro corresponder e estar à disposição da Igreja, daquilo que a Igreja nos apresenta, nos propõe, nos solicita”.

“Confesso que sou feliz na missão que abracei e procuro corresponder a cada dia, renovando meu sim, renovando o meu compromisso no desejo de servir e me colocar à disposição”, disse.

Dados de ministros ordenados na Igreja do Brasil 

Além de representar Cristo, cabeça da Igreja, os ministros ordenados agem em nome de toda a Igreja, oferecendo a Deus a oração da Igreja, sobretudo durante a santa Missa, e, com ele, toda a Igreja se oferece com Cristo, por Cristo e em Cristo.

No Brasil, em 2023, os dados da Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) apontavam que  22.164 padres estavam em exercício. Desses, 15.227 são padres diocesanos e 6.937 são religiosos.

Em 2024, o número de bispos, conforme a Secretaria Técnica da CNBB, é de 318 (titulares e auxiliares) e o de eméritos é de 172, totalizando 490 bispos.

Já o número total de diáconos filiados à Comissão Nacional de Diáconos (CND) é de 6.148.

 

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