Vigília marca a celebração do Dia da Amazônia em Brasília

Por Ana Caroline Lira 

Cerca de 100 pessoas, de diversas organizações e movimentos sociais, se reuniram na noite desta segunda-feira (5) para celebrar o Dia da Amazônia, no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília. A Vigília pela Amazônia marcou o encerramento da Campanha Eu voto pela Amazônia, lançada em maio para ajudar a sociedade a avaliar e eleger candidatos comprometidos com o cuidado da Amazônia e seus povos. 

No ato, foram realizadas orações e falas em denúncia às ameaças socioambientais que a Amazônia tem sofrido. Um tecido no chão trazia símbolos de resistência, mártires e velas, para lembrar as vidas ceifadas no território amazônico.  

A programação em memória ao Dia da Amazônia foi iniciada por ações virtuais. Mais cedo, a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia (CEA), da CNBB, e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), em uma carta enviada à sociedade, pediram que candidatos a cargos públicos nas atuais eleições se comprometam com o cuidado e a proteção da Amazônia.

Um vídeo com a participação de lideranças, religiosas e bispos da Amazônia também foi lançado ontem (5). Assista: 

Ir. Maria Irene Lopes, secretaria executiva da REPAM-Brasil, explica que a vigília proporcionou momentos de reflexão e fortalecimento da luta pela defesa da Amazônia. “A celebração foi um convite para rezar, refletir, cantar e ouvir o grito da terra e dos povos amazônicos”.  

Desmatamento 

No dia em que se celebrou o Dia da Amazônia, pouco há o que se comemorar. O desmatamento, as queimadas e a violência contra os povos da floresta mostram que a luta pela defesa da maior floresta tropical do mundo está longe do fim.  

Dados do Instituto de Pesquisa Ambiental na Amazônia (IPAM) apontam que o desmatamento na região registrou recorde em 2022, acumulando de janeiro a junho, cerca de 3.988 km². Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) o desmatamento na Amazônia atingiu o maior nível para o mês de agosto nos últimos dez anos. Os dados apontam que a área desmatada aumentou 7% em relação ao mesmo período em 2021.  

Para Ir. Irene Lopes os dados retratam a falta de comprometimento dos governos com a pauta ambiental. Ela defende a importância da Campanha Eu voto pela Amazônia que incentiva a sociedade a escolher candidaturas que estejam comprometidas com projetos que tenham como prioridade a proteção da Amazônia e de seus povos.

Fonte: REPAM

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