Uma vida pela Missão

Todo missionário ou missionária sonha morrer na terra onde viveu a missão e ser enterrado à sombra do baobá (árvore), no meio do povo que tanto amou.

Por Sando Faedi*
Fotos: Arquivo IMC

Toda a vida do Padre Franco Gioda, imc, falecido no dia 17 de outubro, foi tecida pela missão: desde que deixou o seminário diocesano em Turim para se tornar missionário da Consolata.

Os anos que passou na Itália, sua terra natal, em formação, animação e liderança, foram também entrelaçados com a missão. Mas o seu tempo em Moçambique foi muito mais intenso.

padre franco gioda1Missão de Presença e Anúncio
Primeiro no Niassa, durante a longa e dolorosa guerra civil. Quando todos estavam em alerta, por medo de emboscadas ou assaltos, padre Franco não deixou de visitar comunidades cristãs em aldeias remotas. De bicicleta ou a pé, em caminhos intransitáveis, com sol ou chuva, fazia dias e dias de caminhada para encontrar as pequenas comunidades, rezar, celebrar, dar coragem e esperança: “Deus não te abandona, estou aqui em Seu nome”.

Mais de uma vez foi surpreendido por ataques da guerrilha, tiroteios e pilhagens. E os cristãos esconderam-no para que não o descobrissem. E quando o assalto terminava, todos, cristãos e não cristãos, o saudavam: “Deus protegeu-nos da morte, porque o senhor estava conosco! Mas, padre, porque veio até aqui?” E ele segurando um crucifixo respondia: “Estou aqui por Ele!” Leia mais

 

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