O mês da Bíblia tem como foco despertar nossa consciência do Deus infinito e do seu mistério de amor.
Por Geovane Saraiva*
“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça" (2 Tim 3, 16). Ela não é uma coleção de verdades abstratas, mas, sim, a revelação de uma realidade concreta, daquilo que Deus realizou na realidade histórica de seu povo, nas reflexões das criaturas humanas, as quais contaram com a graça e o dom, ao mergulharem nas atividades, distinguindo-se inusitadamente dos demais escritos, no seu caráter sagrado e na sua inspiração e revelação divina.
No mês da Palavra de Deus, a gratidão que Deus aceita e acolhe é a que vem do coração humilde, um coração convicto de que só o Senhor suscita “o querer e o fazer”, segundo o apóstolo Paulo. Nada mais lhe é agradável do que agradecer a Deus pelos grandes benefícios, que é o mesmo que implorar o cumprimento de sua ação salvífica, na ternura e na misericórdia divina, num Deus que, no Filho, quer reconciliar o mundo consigo.
O mês de setembro, o da Bíblia, tem como foco despertar nossa consciência do Deus infinito e do mistério de amor, que quer de seus seguidores um sólido redescobrimento de sua presença, à medida que as pessoas são inseridas no mundo e comprometidas com seu projeto de amor, levadas adiante pelo Filho de Deus, Jesus de Nazaré. Por isso mesmo é que Deus quer, através do Livro Sagrado, enriquecer, com seu duradouro amor, as criaturas que Ele criou, convencendo-as da morada permanente.
Infundido e persuadido pelo Espírito de Deus, de tal modo, somos convidados a acreditar numa missão árdua e elevada, com excessos de precedentes – fruto do indizível mistério da palavra de Deus –, e na eficácia inexprimível da oração, sinal evidente a nos ensinar, num olhar confiante para o céu, vendo as estrelas, a lua, compreendendo, na graça desse mesmo Deus, a beleza infinita a atrair as pessoas, sendo preciosa a criatura humana, entre todas, embora a menor – abaixo dos anjos –, mas que recebeu o poder e o vigor divino de tudo dominar (cf. Sl 8).
Inspirados e animados pelo Livro Sagrado, que saibamos olhar o mundo, num sincero desejo de fermentá-lo e transformá-lo, apresentando-lhe sinais de esperança e solidariedade, seguros daquilo que é mais elevado e cristalino, de que Deus leva em conta nosso esforço, bem como o testemunho coerente e a interior disposição de lutar e gostar de viver. Assim seja!