Pobreza, castidade e obediência: professos emitem Votos Perpétuos

Cinco professos do IMC emitem Votos Perpétuos neste final de semana: três no sábado, 24 de julho e dois no domingo, 25.

Por Paulo Mzé

Neste final de semana, 24 e 25 de julho, cinco professos do Instituto Missões Consolata (IMC) farão seus votos perpétuos, uma das etapas finais rumo à ordenação sacerdotal.

José Brás, português, Luis Boina, moçambicano e Filbert Nkanga, tanzaniano, professarão seus votos sábado, dia 24 de julho, em Normandia, área indígena de Roraima, norte do Brasil, onde estão fazendo seu ano de serviço. Malius Ndyamuhaki, ugandês e Nicolas Betino Kelai Letikirich, queniano professarão em Curitiba, PR, no domingo, 25.

O que são Votos Perpétuos?

Visto que há três obstáculos que nos impedem de amar profundamente o Senhor, todas as congregações têm, ao menos implicitamente, três conselhos obrigatórios: pobreza, castidade e obediência (a ambição dos bens terrenos, o desejo dos prazeres carnais, a desordem da vontade). Os três votos destinam-se a frear as três paixões. Diria até que eles aumentam a nossa liberdade, enquanto nos tornam mais donos de nós mesmos, menos escravos das paixões.

Santo Tomás de Aquino ensina que, pela prática dos conselhos evangélicos, alcança-se mais fácil, segura e perfeitamente o fim, que é o amor de Deus.

Cada congregação tem, portanto, os três votos: de pobreza, castidade e obediência, geralmente de maneira explícita. Às vezes, contudo, os dois primeiros estão compreendidos no voto de obediência, como no caso dos beneditinos.

Os votos podem ser simples ou solenes, perpétuos ou temporâneos, totais ou parciais (por parte de pobreza e da obediência). Votos solenes são os emitidos pelas ordens religiosas e se diferenciam dos simples porque feitos com maior solenidade, segundo as normas da Igreja, e porque acarretam obrigações especiais. Em algumas congregações, a estes três votos acrescentaram-se outros.

Dos três votos, qual é o principal? Santo Tomás responde que o maior é o de obediência, porque com ele se oferece a Deus a própria vontade, dom que supera de muito todos os bens do corpo de todos os haveres. Todavia, foram colocados na ordem anunciada – pobreza, castidade, obediência – porque, segundo o mesmo Santo Tomás, a pobreza voluntária é o principal fundamento para se adquirir a perfeição da caridade.

Em quase todas as congregações costuma-se renovar os votos anualmente. Nós os renovamos por ocasião do encerramento do retiro anual. Renová-los, por quê? Segundo Santo Inácio, por três motivos: para aumentar a devoção, para lembrá-los com mais frequência, para melhor nos confirmarmos neles.

Rezemos por todas a vocações e pela perseverança dos vocacionados!

Paulo Mzé é diretor da revista Missões.

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