Rezemos pelos jovens que se preparam para o matrimônio com o apoio de uma comunidade cristã, para que cresçam no amor, com generosidade, fidelidade e paciência.
Por Garuma Barkessa e Andrew Ouma *
O matrimônio ocorre em dois planos, no civil pela lei dos homens e no religioso pela lei de Deus. No sentido teórico é fácil compreender as diretrizes que envolvem a relação de um casal, a formação de uma família tradicional ou não. Ao longo dos tempos e a sociedade como um todo não compreende isso, as relações interpessoais, entre homens e mulheres. Na Igreja Católica, o matrimônio é um sacramento e uma instituição cuja essência reside na criação divina do homem e da mulher. O matrimônio católico é perpétuo, quer dizer que não se pode quebrar de acordo com os preceitos religiosos (ao contrário do matrimônio civil, onde existe o divórcio).
No mundo atual, como nós podemos perceber, grande parte dos matrimônios termina bem antes da morte de um dos parceiros. E muitos deles, sem que haja separação legal ou divórcio. Nos países chamados desenvolvidos não muito mais que a metade dos matrimônios termina conforme propõe a pergunta dirigida aos nubentes segundo a agenda de bênção matrimonial. O divórcio se impôs em praticamente todas as sociedades, e o número de casais que fazem uso da possibilidade de separação legal está crescendo.
Matrimônio tem relação com união, amor, sinceridade, companheirismo, família. E entre a lei dos homens e a lei de Deus temos muitas brechas, ainda mais com o livre arbítrio, a possibilidade de escolhas. Então como podemos dizer o que é correto, onde em uma sociedade em que a taxa de separação matrimonial só aumenta, os valores éticos se perdem, o casamento tornou-se um jogo de quem suporta mais e a honestidade entre o casal é luxo para poucos.
Nas Escrituras Sagradas temos caminhos, observamos as tradições perante Deus, mas não podemos ler um versículo e definir como verdade universal, mas sim, devemos ler os livros como um todo. O amor de Deus não segrega, não rompe, não separa, ele é por todos, quer todos, busca salvar a todos. Podemos prospectar ideias de conclusão ao tema, mas nunca limitar.
Observamos a união de pessoas casadas, que formam famílias estáveis, amorosas, tementes a Deus, dedicadas, instruídas, que tem valores morais e cidadãos de bem. E ainda temos muitas famílias tradicionais que vivem uma imagem politicamente correta para a sociedade, porém no âmbito familiar interno ocorrem brigas, discórdias, tradições, desonestidade, falta de real religião e amor a Deus. Este exemplo, tanto o lado bom quanto o ruim acontece em todas as famílias, a miscigenação do ódio e do amor, da tristeza e da alegria, do desprezo e do acolhimento.
* Garuma Barkessa e Andrew Ouma são professos em São Paulo, SP. Foto: Marko Milivojevic