Padre Júlio Caldeira fala sobre seu trabalho missionário, entre os povos indígenas e na REPAM.
Por Paulo Mzé *
Missões entrevista com exclusividade o padre Júlio César Caldeira Ferreira, fluminense de Paraíba do Sul, estado do Rio de Janeiro. Missionário da Consolata, padre Júlio já trabalhou na Colômbia e no Equador, e agora, de volta ao Brasil, vai trabalhar em Manaus, AM.
Padre Júlio fale um pouco de sua trajetória missionária e vocacional.
Nasci no interior do Rio de Janeiro e desde o meu trabalho que realizava na paróquia e comunidade, fui sentindo esse chamado de Jesus para ir, partir, para sair, para ser missionário Dele. Conheci os missionários da Consolata e depois da formação no Brasil, fui enviado pela comunidade para a fronteira entre Equador e Colômbia, na Amazônia. Dez anos partilhando a vida, especialmente com os povos indígenas. O encontro com outros povos e culturas me marcou profundamente, porque nos ajuda a pensar de que maneira somos chamados a levar esse chamado de Jesus e evangelizar.
Você coordena a comunicação na REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica). Depois de morar em Quito, Equador, vai para Manaus. O que é a comunicação na missão?
Em primeiro lugar reconhecer que somos todos chamados a comunicar, a dialogar com as demais pessoas e essa comunicação nos leva a anunciar ao mundo a vivência desses povos, a partir do nosso carisma missionário, específico da Consolata, mas também o carisma da Igreja, baseado no diálogo, na compreensão, no anúncio da Boa Nova para que as pessoas possam conhecer as maravilhas que estão sendo realizadas. Por outro lado os desafios que temos no caminho da evangelização e por situações concretas que estão vivendo os povos nessas regiões da Amazônia. O trabalho na REPAM é esse, refletir de que maneira podemos mostrar as vozes desses povos nos territórios e o grito que sai das situações que estão vivendo para que realmente tenhamos vida e nossos povos tenham vida em abundância.
Somos Missionários Ad Gentes. Você teve a graça de participar como assessor de comunicação do Sínodo para a Amazônia. Quais os maiores desafios missionários na Amazônia hoje?
A primeira coisa é conhecer. A Amazônia é uma grande diversidade de povos e culturas, modos diferentes de pensar. Trabalho na defesa de seus territórios. Luta para ter seus territórios reconhecidos, de maneira especial os povos indígenas. Importante que possamos reconhecer que ai está um grande desafio. Os que vem de fora valorizar a vivência dos povos para que possamos trabalhar juntos para construir esse mundo melhor, é o que almejamos a cada dia em cada momento da vida. Como podemos ser uma Igreja que caminha com o povo, que propõe justamente que os povos tenham essa vida em abundância.
Não há missão sem missionários. Qual convite faria a um jovem, uma jovem, aos casais que estão inquietos e querem ser missionários hoje?
Não tenha medo, deixe-se guiar por Jesus. Vale a pena ser missionário! Vale a pena encontrar-se com outros povos e outras culturas porque foi para isso que viemos. Ide por todo o mundo e anunciai essa boa notícia a toda criatura. Venha conosco que temos a certeza de que você encontrará o caminho que dá a verdadeira felicidade, com Jesus e com Maria.
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Fui professora de natação do Julio e sou grata por conhece lo e saber de suas ações no mundo! Gostaria de manter contato! Abraço