Reconhecer no menino da manjedoura o Messias, como luz a iluminar os povos, em contraste ou antítese com a lógica humana, destina-se aos sábios e iluminados.
Geovane Saraiva*
O Menino Jesus, que desceu das estrelas, dorme em paz na nossa Igreja de Santo Afonso. Também é importante, não só se pensar, mas se alargar a mente e o coração, no sentido de se chegar às manjedouras dos corações humanos, sem se esquecer dos que dormem nas praças, nos areópagos da vida e nas portas das igrejas, por toda a extensão do mundo.
Reconhecer no menino da manjedoura o Messias, como luz a iluminar os povos, em contraste ou antítese com a lógica humana, destina-se aos sábios e iluminados, amigos fiéis ou leais a Deus, que não fogem dos desafios da vida. Eles são como estrelas, que querem ajudar a encontrar o caminho; também contribuem para que os corações pulsem, numa vida com as marcas da esperança!
Contamos com a mão dos amigos, sim, na busca da concórdia e da paz, sendo eles força, ânimo e coragem, mesmo quando tudo, em meio às dificuldades, se apresenta sombrio, escuro ou sem rumo, conduzindo-nos, evidentemente, ao bom caminho, no dom da amorosa gratuidade, dádiva de Deus!
Tudo porque fomos criados, pela proposta do nosso bom Deus, para imitar Jesus de Nazaré, tendo seu início no mistério luminoso da verdadeira luz. Acolhamos, pois, o anúncio do Anjo do Senhor, a partir da manjedoura, na real e radical simplicidade, humildade e eterna luminosidade.
Lá da origem de Deus, ele veio com seu registro bem definido na história, de dentro da intimidade do Pai, em seu ministério inaudito e indizível, não sendo mito nem muito menos qualquer figura ou adereço. Ele é, sim, uma realidade misteriosa a envolver o mundo, a nos envolver como seus leais amigos. Segundo o apóstolo dos gentios, Deus agora nos fala por meio do seu Filho.
A partir das manjedouras do sofrido e dolorido coração humano, no sentido mais alegórico possível, peçamos a graça de sermos estrelas a iluminar o caminho dos nossos semelhantes no ano de 2021. Feliz Ano Novo!