Bernard Maina Wambui, missionário da Consolata, é o novo diácono da Igreja.
Por Cesar Pilatti e Amanda Monteiro
A noite do dia 25 de julho, sábado, foi um momento marcante para a cidade de Cascavel, no Paraná, podemos dizer para toda a Igreja do Brasil, pois tivemos a graça de participar da ordenação diaconal de Bernard Maina Wambui, professo do Instituto Missões Consolata (IMC), na paróquia do Parque São Paulo, pelas mãos do arcebispo metropolitano de Cascavel, dom Mauro Aparecido dos Santos.
Para entender melhor o que é o diaconato, lembremo-nos das palavras de um doutor em Teologia, o professor e padre Ângelo Virgílio Pellá, “o diaconato é o primeiro passo dentro do ministério ordenado, cuja cerimônia traduz a complexidade e grandiosidade da vocação. É colocar-se totalmente nas mãos de Deus a serviço dos homens. É deixar tudo e tornar-se instrumento humano da graça divina”.
O diaconato transitório é exercido pelos aspirantes ao prelado, que tenha feito votos celibatários, ou seja, refere-se ao primeiro grau do Sacramento da Ordem. Bernard exercerá o diaconato por um período de seis meses a serviço da Igreja em trabalho pastoral (uma espécie de estágio), antes da ordenação presbiteral (padre permanente).
Grande alegria
“Hoje me ofereço a Deus para servir o seu povo através do diaconato”, afirmou o novo diácono. Vale lembrar que Bernard, natural do Quênia, já foi bancário e também é formado em Turismo e Hotelaria, mas o chamado venceu. Ele veio para o Brasil para cursar o ensino superior em teologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Para o ordenante, dom Mauro, "é sempre uma grande alegria ordenar um diácono, um presbítero ou um bispo, e nesse caso, um religioso da Consolata, pois eles carregam consigo um grande espírito e ardor missionário, levam Cristo aos lugares mais longínquos, geralmente deixando sua terra natal. E isso para a Igreja é muito importante, pois é seu papel anunciar Jesus a todos os povos. É uma missão que o próprio Cristo nos deixou".
E dom Mauro fez um apelo para os jovens, “não tenham medo de ouvir o chamado de Deus”. E lembrou que a vocação não vem das pessoas, vem de Jesus, “Não fostes vós que me escolhestes; ao contrário, Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes fruto, e fruto que permaneça. Sendo assim, seja o que for que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele o concederá a vós.” (Jo 15:16). É uma escolha pessoal de Jesus Cristo, é uma graça.
Para o provincial dos missionários da Consolata, padre Luiz Carlos Emer, que foi de São Paulo especialmente para a ordenação diaconal, ela é sempre uma alegria, é o sinal de que os jovens ainda estão respondendo ao chamado de Deus, “é uma alegria para nós missionários da Consolata, bem como para toda a Igreja”. Ao pedirmos que deixasse uma mensagem para atrair o jovem, padre Emer afirmou, “que o jovem não tenha medo de aceitar o chamado de Jesus, pois ele é sempre bom e não deixará de nos retribuir ao nosso sim”.
Bernard
O professo Bernard Maina Wambui é queniano e chegou ao Brasil em setembro de 2015, permanecendo um mês em São Paulo, na Casa Regional dos missionários da Consolata. Logo em seguida, foi para Cascavel por três meses para aprender a língua portuguesa. Voltou para São Paulo para estudar teologia pelo período de quatro anos. Conforme costume da Congregação, quando o professo termina seu processo de formação na etapa da teologia, precisa realizar um ano de serviço em uma comunidade da Consolata. Sendo assim, a Congregação designou Bernard para trabalhar na animação missionária e ajudar a Paróquia de Parque São Paulo, em Cascavel em suas atividades.
No dia 19 de julho de 2020, Bernard celebrou sua Profissão Perpétua na mesma Paróquia. A “Profissão Perpétua” na vida religiosa refere-se que Bernard se tornou membro da família Consolata, e assumiu o compromisso de exercer o seu ministério de forma radical coerente e eficaz, seguindo o compromisso de Cristo, expressando um caminho para a vivência radical da doação de religioso a Deus, portanto, toda a sua vida estará plenamente disponível para o seguimento a Cristo, tendo finalidade de proporcionar ao consagrado a ruptura de todos os condicionamentos humanos, sejam eles materiais, espirituais, morais, culturais e ideológicos, tornando-o autêntico no anúncio do Evangelho.