Preocupado com a economia?

Por Jaime C. Patias

A crise provocada pela pandemia do coronavírus é preocupante para todos. Mas pensem nisso. Quando uma sociedade lamenta mais as perdas econômicas do que a perda de vidas dos que realmente trabalham, ela não precisa contrair o vírus, ela já está doente. E qual poderia ser o remédio? Diante de uma crise como essa, a classe empresarial tem a chance mostrar a sua grandeza sendo solidária e corresponsável. Essa grandeza se mostra seguindo a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotada por mais de 100 países no enfrentamento dessa pandemia. Isolamento social com as suas regras para atividades essenciais na área de alimentação e saúde.

E o Estado? Do governo não se espera outra postura: cumprir com seu dever constitucional de proteger e cuidar da vida dos seus cidadãos. Jamais deve abrir mão dessa sua missão. Que apresente e ponha em prática o seu plano emergencial. Dinheiro existe e não precisamos dizer onde está. Assim, Estado, empresários, partidos, sindicatos, associações, ONGs, igrejas, sociedade em geral, todos unidos, juntos e solidários. Neste momento, a emergência exige preservar vidas e diminuir o número de contágios. A estratégia que está dando certo é o isolamento social horizontal.

Não existe dicotomia entre economia e saúde. A economia se revigora com pessoas vivas, saudáveis e inteligentes, verdadeiros empreendedores. Estes são éticos, solidários e responsáveis. Amanhã essa postura será lembrada com retornos na imagem das empresas, inclusive financeiros. Empresários coerentes e éticos colocam a vida em primeiro lugar por que sabem que os seus investimentos e a economia não dependem de cadáveres, mas sim de pessoas vivas que trabalham e consomem. Com mortes todos perdem, exceto as funerárias, que ganham uma vez só...

*Jaime C.Patias, imc, é Conselheiro Geral do Instituto Missões Consolata, Roma, Itália.

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