No domingo, 16 de fevereiro, os missionários e as missionárias da Consolata celebram a festa do Bem-aenturado José Allamano, fundador dos dois Institutos Missionários.
Por Redação
No domingo, 16 de fevereiro, os missionários e as missionárias da Consolata celebram a festa do Bem-aventurado José Allamano, fundador dos dois Institutos Missionários.
O Superior Geral do IMC, padre Stefano Camerlengo, recorda características essenciais do Fundador. E cita as palavras que o Papa Francisco dirigiu aos Institutos missionários de origem italiana no dia 30 de setembro 2019, vigília do Mês das Missões: "Em primeiro lugar sinto a necessidade de expressar gratidão aos vossos Fundadores. Numa época histórica atribulada – desde meados do século XIX até meados do século XX - a fundação das vossas Famílias religiosas, com a sua generosa abertura ao mundo, foi um sinal de coragem e de confiança no Senhor. Quando tudo parecia levar à conservação daquilo que já existia, os vossos Fundadores, pelo contrário foram protagonistas de um novo impulso para ir ao encontro do outro e sobretudo dos que estão longe".
Essa ousadia e zelo com muita coragem e esperança marcaram a vida e a obra de José Allamano, que por 46 anos foi o reitor do Santuário de N. S. Consolata em Turim, na Itália. Esse ardor também lançou os missionários e as missionárias da Consolata pelos caminhos da Missão.
José Allamano nasceu em 21 de janeiro de 1851 em Castelnuovo D'Asti, ao norte da Itália. Encerrou sua vida em Turim aos 16 de fevereiro de 1926, junto ao Santuário de Nossa Senhora Consolata. Foi o quarto de cinco filhos, perdeu o pai quando ainda criança, aos três anos de idade. Como estudante foi um ótimo aluno, exemplar e muito aplicado.
Passou sua vida em Turim, e foi ali que iniciou seus estudos ginasiais no Oratório de Dom Bosco, sendo o melhor da turma. Dom Bosco, descobriu no garoto, de apenas 11 anos, excelentes qualidades para torná-lo um membro da Sociedade Salesiana, mas o jovem Allamano tinha outro ideal: "Deus me chama agora... não sei se me chamará outra vez, dentro de três ou quatro anos!" diz aos seus irmãos - e ingressa no Seminário Diocesano de Turim. Apesar da constituição física fraca, era espiritualmente forte e dedicou-se com entusiasmo ao estudo e à oração. Pedia sempre ao Senhor: "Torna-me santo e não somente bom".
Em 20 de setembro de 1873 foi ordenado sacerdote na Catedral de Turim, com apenas 22 anos de idade. Desempenhou com muita fidelidade sua função sacerdotal como Professor de Teologia, Reitor do Colégio Eclesiástico e Reitor do Santuário de Nossa Senhora Consolata em Turim, pelo período de 46 anos. Tinha projetos para o mundo. Com saúde frágil, impossibilitado de partir para as Missões enviou outros em nome da Consolata. Em 1900, Allamano tomou a decisão de criar um instituto missionário, obtendo sua aprovação em 29 de janeiro de 1901 - o Instituto Missões Consolata dos padres e irmãos.
Em 29 de janeiro de 1910, o padre Allamano fundou em Turim outro instituto para as Missões, o das Irmãs Missionárias da Consolata. Com a fundação das Irmãs, o trabalho missionário se estende a outros países africanos: em 1916 na Etiópia; em 1922 na Tanzânia; em 1924 na Somália; em 1925, Moçambique. Em 1946 no Brasil e assim, sucessivamente em outros países da Europa, África, América e Ásia. Dizia que seus missionários eram portadores de esperança: "Esta é realmente obra do Senhor". Os missionários e as missionárias da Consolata estão hoje presentes em 27 países do mundo.
Padre José Allamano é uma das figuras mais marcantes da Igreja de Turim, no final do século XIX e começo do XX. Um sacerdote que soube doar tudo de si no serviço à Igreja e soube também abraçar o mundo com seu amor filial a Nossa Senhora Consolata
Em 7 de outubro de 1990 suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja Católica Apostólica Romana, que o declarou Bem-Aventurado José Allamano.
Fonte: Revista Missões