Ó Senhor, abençoe a todos os que percebem vossa divindade e se sensibilizam, num olhar terno e afável, diante da manjedoura!
Por Geovane Saraiva*
Na noite do dia 24 de dezembro de 2019, o Menino Jesus, tendo nascido pobre no coração dos seres humanos, foi dormir em paz, de acordo com célebre canção natalina. Já no dia 25, me dispus a encontrar o recém-nascido, que ainda dormia na manjedoura da nossa Igreja de Santo Afonso. Ele dormia de verdade, revelando-nos uma profunda serenidade, ternura e grande paz! Mesmo assim, voltei-me para a estribaria, no sentido de despertá-lo, sem perder a oportunidade de fazer-lhe um pedido: que eu mesmo possa acordar e ajudar a abrir os olhos de muitos irmãos que gostam de dormir.
Ó Senhor, abençoe a todos os que percebem vossa divindade e se sensibilizam, num olhar terno e afável, diante da manjedoura! Ela é sagrada e nos recorda, não só o humilde e vulnerável nascimento da criança de Belém, mas faz-nos elevar aos céus nossos pensamentos, solidários, para multidões enormes de seres humanos que nascem e vivem nas mesmas condições. Nossa esperança está no Emanuel, Deus Conosco, Senhor e Salvador de todos, que vive e reina para todo o sempre!
Fomos criados, pela proposta do nosso bom Deus, para imitar Jesus de Nazaré, tendo seu início no mistério luminoso da verdadeira luz. Acolhamos o anúncio do Anjo do Senhor, na real e radical simplicidade, humildade e ternura da manjedoura. Agradecidos, diante de Deus Menino, coloquemos a nossa vida de mãos elevadas, porque, com Jesus, nascemos para Deus. A esperança e a consolação chegaram para a humanidade, as quais pedem respostas, na nossa acolhida generosa e sensível atenção ao dom maravilhoso da vida, associados ao sim da Mãe de Deus.
Que neste ano de 2020, que se inicia, tenhamos um espírito de abertura, convidados que fomos a refletir e a pensar na nossa vida, que é dom e graça, a partir da criança de Belém, sem esquecer sua e nossa querida mãe. Enormemente, ela está, de uma maneira muita discreta, em toda parte, na ação salvífica de seu filho redentor, a qual jamais podemos rejeitá-la. Assim seja!