Padroeiro das Missões, criatura de Deus, apaixonado pelo Seu Reino.
Por Geovane Saraiva*
No outubro missionário, agradecemos ao nosso bom Deus, voltando-nos para a figura inquestionável de São Francisco Xavier (1506-1552), Padroeiro das Missões. Criatura de Deus, apaixonado pelo Seu Reino, teve disposição interior para o trabalho missionário, vivendo e testemunhando a fé que professou, ao partir para o Oriente e lá plantar a semente do Evangelho. Numa Igreja essencialmente missionária e sacramento de salvação, louvamos a Deus, pelo legado de intrepidez, bravura e ardor missionário, deixado por São Francisco Xavier, ao anunciar o Evangelho no século XVI, sobretudo no Oriente, consagrado como o maior de todos os tempos naquele continente.
Cofundador da Companhia de Jesus (Paris, 15 de agosto de 1534), foi pioneiro ou precursor da ação missionária, de ir aos confins do mundo. Foi para a Igreja Católica, singularmente maior, depois de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios, em busca da conversão dos cristãos, para ganhar novos irmãos para Cristo, merecendo o cognome de "Apóstolo do Oriente". Exerceu em toda a plenitude e com enorme fecundidade sua missão no Oriente, especialmente na Índia Portuguesa e no Japão. Queria mesmo era ser missionário da China, no mais sedento desejo de ver com os próprios olhos a semente do Evangelho plantada naquela terra, na sua memorável assertiva: "Se eu não encontrar um barco para chegar à China, vou nadando, mas eu vou".
Tendo como referencial São Francisco Xavier, somos enviados para testemunhar o Evangelho da Paz, contagiados pelo mesmo ardor missionário, e partir para os confins do mundo. Ele, consumido por Deus, no anúncio do Evangelho, num curto espaço de tempo (10 anos), visitou países e catequizou povos e nações, tornando-se quase impossível imaginar tal prodígio ou façanha nos dias de hoje. Como é bom contemplar, agradecidos, as maravilhas de Deus! Esse serviço lhe foi confiado no sonho de instaurar o Reino em toda a extensão da terra.
O Padroeiro das Missões marcou em profundidade uma época. Foi presente nas sólidas comunidades de fé por ele edificadas, nos longínquos tempos. Pelos seus dotes humanos aliados aos sobrenaturais, foi uma figura humana fascinada por Deus, no exercício de tal fascínio através do anúncio do Evangelho, sem jamais lhe faltar a garantia da promessa divina: "Eis que estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos (Mt 28, 20)". Amém!