Por Jaime Carlos Patias
A convivência do povo Yanomami com os Missionários da Consolata, construiu ao longo dos anos, um modelo de missão alicerçada no respeito e no diálogo. Fundada em 1965, a 250 Km de Boa Vista, a Missão Catrimani contribui para a defesa da vida, da cultura, do território e da floresta, a Casa Comum. O princípio fundamental deste modelo de missão é anunciar a alegria do Evangelho no silêncio e no diálogo gerando laços de amizade na ótica do bem viver. P. Corrado Dalmonego vive com os Yanomami há 11 anos e partilha sobre as seis áreas do Projeto da Equipe na Missão.
Além do P. Corrado, integram hoje a Equipe Missionária na Missão Catrimani, as Irmãs Mary Ages Njeri Mwangi (queniana), Noemi del Valle Mamaní (argentina) e Giovanna Geronimo (italiana). O testemunho dos missionários e missionárias que em diferentes etapas partilharam suas vidas com o povo Yanomami lembra a atuação da Igreja em suas origens. “A missão nos dá a possibilidade de nos enriquecer. Aqui somos preenchidos pelas riquezas do povo. Aprendemos a caminhar com os indígenas, com suas esperanças e lutas, alegrias e conflitos, rompendo fronteiras e construindo alianças com eles e com outras organizações”.
A história do Catrimani nos ensina que os povos indígenas assim como qualquer outo povo, devem ser respeitados e compreendidos em suas diferenças. P. Corrado comenta sobre o estilo da Missão Catrimani, uma história muito rica que nos faz mais fiéis ao carisma ad gentes. E citando palavras proferidas por Davi Kopenawa Yanomami, em 2015, P. Corrado recorda: “A Missão Catrimani está lá, protegendo este lugar, para não deixar entrar outro pessoal estranho [...] Isso é muito importante, para continuar a trabalhar e permanecer... até o fim do mundo!”
Por fim, um convite: “Não tenham medo da Missão Catrimani”
A floresta amazónica na Terra Indigena Yanomani.
Recolha de castanhas da floresta.
Plantação de bananeiras.