Ou a história de um "louco de Deus", Etienne Villemain.
Por Redação
A ideia de um "Dia Mundial do Pobre" foi do jovem francês Etienne Villemain, um "doido de Deus", comprometido com projetos que ajudam moradores de rua em seu país. Dentre outras iniciativas, ele criou em 2011, uma associação chamada "Lázaro" que propõe aos jovens compartilhar apartamentos simples com moradores de rua, ajudados por associações parceiras. A ideia é que entre três a quatro jovens compartilhem comunitariamente a vida com pessoas em situação de precariedade que, mais do que um teto, necessitam de vínculos, misericórdia e amor.
Por ocasião de uma peregrinação a Roma em 2015, Etienne encontrava-se na Praça de S. Pedro quando o Papa passava saudando os peregrinos. Ele teve então a ideia maluca de lançar a proposta de criar um dia mundial do pobre. Etienne falou ao Papa desta ideia nova enquanto lhe segurava a mão. O Papa parecia não ouvir seu apelo.
Etienne não desistiu. No ano seguinte ele lança seu projeto com o apoio do cardeal Barbarin, de Lyon, que obteve o consenso do Papa Francisco para realizar o evento por ocasião do Jubileu da Misericórdia, propondo a cerca de 6.000 pessoas que vivem em situação de precariedade e seus acompanhantes, associações envolvidas em vários países europeus, três dias de peregrinação a Roma, concluindo-se com uma catequese e uma missa presididas pelo próprio Papa. Assim aconteceu de 11 a 13 de novembro de 2016 este tempo de graça para esta multidão de pessoas carentes.
Aproveitando a ocasião, Etienne renovou seu apelo ao Papa para criar essa Jornada Mundial dos Pobres, visto que estes estão no centro da Igreja e não na sua periferia, por serem protagonistas do seu destino e não simplesmente destinatários de uma caridade condescendente. Alguns dias depois o Papa anunciaria oficialmente esta jornada que foi celebrada pela primeira vez no dia 19 de novembro de 2017.