Somos chamados a semear bondade, generosidade e humildade, em meio às dificuldades.
Por Geovane Saraiva*
A criatura humana mais do que nunca é convidada a escutar a voz de Deus, do íntimo da consciência, num estilo de vida, identificado com Evangelho. O estigma da insensatez do mundo, da ausência de corações generosos e solidários pede coragem e desafia os cristãos. Hoje se olha para o mundo, no qual estamos inseridos, marcado por pouco iniciativa de justiça, solidariedade e paz, claro nos sinais de morte e violência de toda natureza, pelo terreno impermeável, espinhoso e de muitas pedras.
Somos chamados a semear bondade, generosidade e humildade, em meio às dificuldades. A parábola do semeador nos fala de uma terra boa e fértil, o coração humano, no qual a semente, uma vez plantada, cresce e frutifica. Convencidos da força da Palavra de Deus no coração dos seguidores de Jesus de Nazaré, ao confiar na ação longe de incoerências e contradições da vida. “Jesus nos convida hoje a nos olharmos por dentro, a agradecermos pelo nosso terreno bom e a trabalharmos os terrenos que ainda não são bons”, disse o Papa Francisco.
A humanidade vive novos tempos, envolvida em desconcertantes crises. Como filhos da Igreja, repletos de confiança, somos convidados a reavivar o dom da fé e a reaprender com Filho de Deus, numa postura lúcida e responsável, identificada com o Seu Evangelho. Só mesmo um mundo inflamado da força e bondosa misericordiosa de Deus, com a consciência de que a Igreja é organização de voluntários, da qual se espera muito de seus membros.
A exemplo do agricultor, seguro e confiante de bons resultados em uma terra boa, jamais nos esqueçamos de colocar em nossas mãos e em nossa boca o projeto do Deus, precioso tesouro de amor solidário e fraterno. Amor este, a ponto de confundir, pelos bons frutos, ação com oração, nas palavras de Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam”. Assim seja!