A esperança é uma necessidade humana básica e a fé é confiar em Deus, mesmo nas dificuldades.
Por Agência Ecclesia
O Papa Francisco desenvolveu o tema da esperança cristã na sua catequese semanal de quarta-feira, 11 de janeiro, onde alertou cerca de seis mil peregrinos para as falsas esperanças que se depositam nos ídolos.
“É importante que essa esperança seja colocada no que realmente pode ajudá-lo a viver e dar significado à nossa existência. É por isso que a Escritura adverte contra falsas esperanças que o mundo apresenta, expondo a sua inutilidade e mostrando a falta de sentido”, explicou esta manhã na Sala Paulo VI.
Na catequese, o Papa referiu-se à esperança, que é uma “necessidade humana básica - esperança para o futuro, acreditar na vida, o «pensamento positivo»” – e desenvolveu o tema a partir da perspectiva cristã.
Segundo o pontífice argentino, a Palavra de Deus faz essas advertências de “muitas maneiras” especialmente na denuncia da “falsidade” dos ídolos em que o homem continuamente tenta colocar a sua confiança.
“A fé é confiar em Deus”, acrescentou Francisco, observando que é nas dificuldades da vida que cada pessoa “experimenta a fragilidade dessa confiança” e é tentada “a procurar consolações” em coisas efêmeras que “parecem preencher o vazio da solidão e aliviar a fadiga”.
“Pensamos ser capazes de encontrar a segurança que eles podem dar no dinheiro, em aliança com os poderosos, no mundanismo, nas falsas ideologias”, sublinhou.
Neste contexto, alertou para as ideologias com “reivindicação absoluta, riqueza, poder e sucesso, com a ilusão de eternidade e onipotência, valores como a beleza física e saúde” e destacou a sabedoria do salmo 115 que “retrata de forma muito sugestiva a falsidade desses ídolos que o mundo oferece”.
Para o Papa Francisco a mensagem do salmista “é muito clara” ao denunciar a idolatria porque quem colocar a esperança em ídolos “torna-se semelhante a essas imagens” que são “ocas” com mãos que não se tocam, pés que não andam, bocas que não podem falar.
“Você não tem mais nada a dizer, torna-se incapaz de ajudar, para mudar as coisas, para sorrir, para dar a si mesmos, para amar”, acrescentou, assinalando que as pessoas da Igreja têm de estar no mundo mas defenderem-se das suas “ilusões”.