A Igreja do Brasil vive o Ano Mariano, comemorando os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Por Geovane Saraiva*
A Igreja do Brasil vive o Ano Mariano, introduzido por Dom Sérgio da Rocha no dia 21 de setembro de 2016 com a celebração de abertura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sede da entidade, em Brasília-DF. Este ano comemoramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – como era conhecida –, nas águas do Rio Paraíba do Sul, iniciado aos 12 de outubro de 2016, com todo o seu desenrolar, e conclusão para 11 de outubro deste, com o que foi proposto: celebrar, fazer memória e agradecer.
Como católicos, não podemos perder de vista, com grande sinal – forte e vivificante–, a presença da mãe de Deus, que quis se estabelecer, com sinais inconfundíveis, num centro de devoção mariana de romaria, como tão bem se canta pelo Brasil afora, em versos e prosa: “Sou caipira, Pirapora nossa/Senhora de Aparecida/Ilumina a mina escura e funda/O trem da minha vida” (Renato Teixeira); tudo para que na força e graça salvadora de Jesus de Nazaré se expressasse e expandisse livremente a vontade de Deus, vinda de uma mulher que soube recorrer a quem podia socorrer diante da aflição, quando o vinho tinha se acabado.
Somos chamados a nos voltarmos para Deus, rendendo-Lhe graças, através de preces fervorosas, tendo no mais íntimo do íntimo a Padroeira do Brasil, com a consciência de que nossa vida aqui na terra é uma caminhada, é uma romaria. Daí voltar nossa mente e coração para Aparecida, onde se encontra a mãe terna e generosa, sempre pronta a nos atender: “Pra pedir em romaria e prece/Paz nos desaventos/Como eu não sei rezar, só queria mostrar/Meu olhar, meu olhar, meu olhar” (Renato Teixeira). Pedir aquele vinho das Bodas de Caná, o vinho da nova aliança, bom e da melhor qualidade, segura garantia do nosso alimento rumo ao término feliz da eterna romaria: a Jerusalém celeste.
Quão maravilhoso é em Maria não se encontrar nada de obstáculo, de imperfeição, de falha! Somos animados em nossa persistente caminhada do dia a dia na esperança do triunfo: a glória. Neste Ano Mariano do Tricentenário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que fique sempre mais clara a nossa missão, que é um caminho a ser percorrido por nós, mesmo para aqueles que já fizeram uma árdua e longa caminhada. Guardemos no coração a seguinte imagem da Santa Mãe de Deus: “É a toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho” (Aloisio Lorscheider). Assim seja!