Igreja não anuncia a si mesma, mas Jesus

Em seu encontro com os fiéis na Praça São Pedro, neste domingo (15/01), o Papa explicou o sentido das palavras do Evangelho do dia proferidas por João Batista: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, às margens do Rio Jordão.

Por Rádio Vaticano

Enquanto João batiza as pessoas, homens e mulheres de várias idades, ele afirma que o reino dos céus está próximo e que o Messias está para se manifestar. “Para isso, é preciso se preparar, se converter e se comportar corretamente”. O batismo é um sinal concreto de penitência. João sabe que o Consagrado está chegando e o sinal para reconhecê-lo é que Nele se pousará o Espírito Santo, que trará o verdadeiro batismo.

AFP6156305_Articolo“Eis que naquele momento Jesus se apresenta às margens do rio, no meio do povo, dos pecadores, como nós. É o seu primeiro ato público, a primeira coisa que faz quando deixa sua casa de Nazaré: desce à Judeia, vai ao Jordão e se faz batizar por João Batista. Naquele momento, sobre Jesus desce o Espírito Santo em forma de pomba e a voz do Pai o proclama Filho predileto”.

João entende que se realiza o plano divino

João fica desconcertado pelo fato de o Messias se ter manifestado de modo tão impensável, em meio aos pecadores. O Papa explicou que iluminado pelo Espírito, João entende que assim se realizava a justiça divina, o plano de salvação de Deus, que “como Cordeiro de Deus, toma para si os pecados do mundo”.

Esta cena, segundo o Pontífice, é decisiva para a nossa fé e para a missão da Igreja, que deve indicar Jesus às pessoas, como fazem os padres na missa, todos os dias, quando apresentam o pão e o vinho aos fiéis como o Corpo e o Sangue de Cristo:

Igreja deve anunciar sempre Jesus e não si mesma

“Este gesto litúrgico representa toda a missão da Igreja, que não anuncia si mesma, mas anuncia Cristo! Ai da Igreja quando anuncia si mesma... perde a bússola, não sabe para onde ir. Ela não leva si mesma, mas leva Cristo, porque é Ele e somente Ele que salva o povo do pecado, o liberta e o guia rumo à terra da vida e da liberdade”.

Concluindo, o Papa rezou a oração mariana do Angelus e pediu a Maria, Mãe do Cordeiro de Deus, que nos ajude a crer Nele e a Segui-Lo.

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