Cresce o número de crianças que buscam outros países sozinhas

Vários destes menores desaparecem dos centros governamentais nos países onde chegam e ficam de passagem.

Por Rosinha Martins

Quem poderia imaginar que um dia na face desta terra se pudesse ver crianças aos milhões deixando sozinhas seu próprio país, em busca de uma vida digna?

meninosirioDe acordo com relatório da ONU, apresentado nesta terça, 6 de setembro, cerca de 50 milhões de crianças estão deslocadas no mundo. Destas, 28 milhões deixaram suas casas por questões de violência e outros conflitos.

Proteger estes menores da exploração e da violência, principalmente aqueles desacompanhados, colocar fim à prisão de crianças refugiadas e implementar alternativas práticas de salvaguarda, são tarefas dos países que acolhem, afirma a ONU.

Ainda segundo a organização, o afogamento, a desnutrição e a desidratação, o tráfico humano, o sequestro e a morte são riscos que estes menores correm durante a travessia.

O relatório revela, também, que em 2015, 45% das crianças refugiadas que ficaram sobre responsabilidade do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, (ACNUR), eram oriundas do Afeganistão e da Síria.

A cada dia cresce o número de crianças que buscam outros países sozinhas. Em 2015, mais de 100 mil menores desacompanhados buscaram asilo em 78 países, o que significa o triplo de 2014.

Número de crianças refugiadas no mundo

Na África, dos 5,4 milhões de refugiados, aproximadamente 3 milhões são crianças.

As Américas abrigam 6,3 milhões de menores refugiados, o que representa 21% do total global. A Ásia acolhe 12 milhões e a Oceania 7 milhões. A Europa, por sua vez, acolhe 5,4 milhões.

“O mais importante é termos a capacidade de avançar rapidamente com o processo para lhes dar acesso a representação legal”, afirma o diretor de programas da UNICEF, Ted Chaiban. Para Chaiban, as reivindicações destes menores precisam ser analisadas rapidamente por forma a conhecerem o seu estatuto. “Seja o estatuto de refugiado ou de migrante, e que possam reunir-se com as famílias, caso estas existam, bem como providenciar-lhes acesso à educação e outros serviços”.

Imigrantes e refugiados favorecem o crescimento econômico do país de destino

A ONU informou que um estudo realizado sobre o impacto das migrações em países de elevado rendimento, a conclusão a que se chegou é que os migrantes contribuíram com mais impostos e contribuições para os sistemas sociais, muito mais que receberam. “Eles preencheram espaços ociosos daquelas pessoas altamente ou pouco qualificadas no mercado de trabalho; favoreceram o crescimento econômico e a inovação nos países de acolhimento”.

O desaparecimento

Vários destes menores, de acordo com o site ‘publico.pt’, desaparecem dos centros governamentais nos países onde chegam e ficam de passagem. Não se sabe, nunca, o paradeiro deles, se continuaram viagem para o destino pretendido, como Alemanha ou Suécia, ou se se tornaram presas fáceis dos traficantes. Dos menores que chegaram na Itália em 2014, e que foram registrados, 3707 sumiram.

Fonte: www.mscs.org.br

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