Canonização de Madre Teresa já tem logotipo

Cerimônia vai ser presidida pelo papa Francisco no dia 4 de setembro.

Por Agência Ecclesia

A festa da canonização da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá, marcada para o dia 4 de setembro no Vaticano, já tem logotipo oficial, graças à designer Karen D’Lima, uma leiga católica da região de Mumbai.

Em declarações à Rádio Vaticano, a autora do projeto explica que optou por “trabalhar uma pose clássica de Madre Teresa”, a levar “com ternura uma criança ao colo”.

canonizacao_madre_teresaO objetivo é transmitir às pessoas uma imagem do “amor terno e misericordioso de Deus”, realça Karen D’Lima, que dedicou três dias à concepção do logotipo.

As celebrações em honra da canonização da Madre Teresa de Calcutá, em Roma, vão integrar diversas celebrações, encontros e momentos de oração, entre os dias 1 e 8 de setembro.

Na Basílica de São João de Latrão, os peregrinos terão a oportunidade de venerar as relíquias de Madre Teresa; e no convento de São Gregório ‘al Celio’ poderão visitar o seu quarto.

A cerimônia de canonização será presidida pelo Papa Francisco no dia 4 de setembro, na praça de São Pedro, a partir das 10h30 (menos uma em Lisboa).

No dia seguinte, pelas 10h00, terá lugar no mesmo local uma missa de ação presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Em Calcutá, vai ser inaugurada esta quinta-feira uma estátua de Madre Teresa, em bronze, para assinalar o 106.º aniversário do nascimento da religiosa que ficou conhecida como a ‘mãe dos pobres’.

A representação de Madre Teresa ficará instalada na casa do arcebispo de Calcutá, D. Thomas D’Souza, ao lado de uma estátua de São João Paulo II.

Ganxhe Bojaxhiu, que ficou conhecida como Madre Teresa, nasceu em Skopje (Macedônia), pequena cidade com cerca de vinte mil habitantes então sob domínio otomano, a 26 de agosto de 1910, no seio de uma família católica que pertencia à minoria albanesa, no sul da antiga Iugoslávia.

A 25 de dezembro de 1928 partiu de Skopje rumo a Rathfarnham, na Irlanda, onde se situa a Casa Geral do Instituto da Beata Virgem Maria, para abraçar a vida religiosa, com o ideal de ser missionária na Índia.

Uma vez chegada a Calcutá, fundou ali a congregação feminina das Missionárias da Caridade, hoje presente em cerca de 100 países, incluindo Portugal, que Madre Teresa visitou por três vezes.

O seu trabalho nas ruas de Calcutá centrou-se nos pobres da cidade que morriam todas as noites, vestida com um sari branco, debruado de azul, a imagem com que o mundo se habituou a vê-la.

A futura santa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, faleceu em 1997 e foi beatificada por João Paulo II em 2003, depois de o Papa polaco ter autorizado que o processo decorresse sem esperar pelos cinco anos após a morte exigidos pela lei canônica.

Em dezembro o Papa Francisco aprovou um milagre atribuído à intercessão da Beata Teresa de Calcutá, respeitante à cura de um homem brasileiro, de 35 anos, afetado por uma grave doença no cérebro, que recuperou de forma inexplicável.

A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

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