Cardeal Filoni visita Vicariato da Consolata na tríplice fronteira

Prossegue a visita do Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Fernando Filoni, à Amazônia colombiana. Na quinta-feira (26/05), sexto dia de viagem, o cardeal esteve em Bucaramanga, para a abertura do XII Congresso Missionário Nacional com o tema “Somos Igreja colombiana em saída missionária”.

Por Rádio Vaticano

Dia 24 de maio, terça-feira, dom Filoni esteve em Puerto Leguízamo, na fronteira entre Colômbia, Equador e Peru. Uma chuva amazônica atrasou o voo do cardeal, que pôde cumprir apenas parte da programação estabelecida. Administrado pelo bispo Joaquín Pinzón, OMI, o Vicariato é confiado aos missionários da Consolata. Lá está o brasileiro Padre Júlio Caldeira, que presenciou a visita. De acordo com ele, a chuva não desanimou a comunidade e muito menos o cardeal.

filoniamazonia“Ah, sem dúvida... Os imprevistos climáticos aqui na Amazônia são eternos; a Amazônia tem o seu ritmo, suas distâncias... e o que conseguimos realizar, mesmo com todos os imprevistos do tempo foi o encontro com os animadores e catequistas indígenas das três fronteiras, de várias paróquias e comunidades do Vicariato. Foi bonito porque foi um encontro de famílias, com as cinco etnias, e o cardeal nos deixou uma mensagem muito bonita: disse que foi um momento histórico porque foi a primeira vez que um Prefeito para a Evangelização dos Povos vem a Puerto Leguízamo, e também a primeira vez que ele visitava estas terras amazônicas”.

A visita aos animadores e catequistas indígenas

“Ele fez um convite muito bonito aos indígenas: ser como Jesus, seguir o mandato de Jesus de ir a todos os confins da terra e levar o Evangelho de Jesus. “Não podemos perder o sabor disso”, disse, agradecendo os testemunhos de fé dos indígenas, de amor à sua cultura, do amor a Jesus, ao Papa e à Igreja. Concluindo esta parte da jornada, ele fez uma pergunta e a respondeu: “Por que o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos está aqui? E citou o exemplo muito bonito do pai e dos filhos. Quando um filho está longe de casa, continua sendo tesouro e nunca se esquece dele, hoje ele veio em nome do Papa visitar estes filhos amados, mesmo que estejam tão longe, no confim da Amazônia. São filhos de Deus e o Papa os ama muito. Por isso ele esteve aqui, para encontrar estes filhos prediletos da Igreja neste lindo território amazônico”.

“O programa incluía também uma visita a uma comunidade indígena, mas pelo atraso, foi impossível chegar lá... mas a comunidade se movimentou e veio de barco ao encontro do cardeal e de toda a Igreja que estava reunida aqui em Puerto Leguízamo. Foi surpreendente. Fizeram danças e trouxeram presentes próprios de sua cultura”.

A missa na Catedral

Na celebração eucarística, o cardeal destacou que o objetivo desta visita foi primeiramente, encontrar-se com cada um, rezar juntos, escutar e falar com cada um. Depois de partilhar uma bela reflexão sobre o Evangelho do dia, ele convidou todos a multiplicar os esforços para se formar e formar outros na espiritualidade cristã, consolidando a própria fé e afrontando, com o diálogo, os desafios que são próprios desta região, como o proselitismo das seitas, e no caso colombiano, especialmente o conflito armado. Ele convidou a vencer tudo isso com o perdão e instaurando uma verdadeira cultura de paz, fé e reconciliação. Em todo momento, mesmo diante dos imprevistos, demonstrou proximidade com as pessoas. “Ele reconheceu que trabalhamos unidos, neste projeto chamado Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM), que neste momento trabalha com os indígenas e nas fronteiras. A Igreja está preocupada com o povo que está aqui. E o Núncio Apostólico (Ettore Ballestrero, ndr) prometeu que virá visitar a comunidade indígena que não pudemos visitar desta vez, e conversar com as pessoas”, informou padre Júlio Caldeira.

Fonte: Rádio Vaticano

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