Somos convidados a perceber os sinais insondáveis de Deus no surgimento da estrela, falando-nos, não algo estranho, e sim, a reveladora manifestação de seu projeto de Salvação.
Por Geovane Saraiva*
Os anjos anunciam aos pastores o nascimento do Salvador da humanidade, ao mesmo tempo em que no Oriente, lugar bem distante e longínquo, surge uma estrela com a missão de comunicar aos magos o nascimento da verdadeira Estrela da humanidade. Somos convidados a perceber os sinais insondáveis de Deus no surgimento dessa estrela, falando-nos, não algo estranho, e sim a reveladora manifestação do projeto de salvação do nosso bom Deus.
Os três magos, pedagogicamente, cumprem muito bem sua missão recebida de Deus, desaparecendo, depois do inaudito encontro com o menino Jesus, causando-lhes alívio e despreocupação. Quão profundo e misterioso é o encontro supramencionado, convencendo-nos da verdadeira estrela da humanidade naquela criança, perante a qual os magos se ajoelharam e a adoraram (cf. Lc 2, 9-11). Desse mistério indizível Dom Helder asseverou: “Obrigado, ó Pai! Vimos o vosso Filho, que se fez para sempre Homem-Deus. E a felicidade de ver que vosso Filho Divino nos ensina a amar o que não vemos. Obrigado pela alegria de viver mergulhados em vós”.
A luz da vida, que é o próprio Cristo Jesus, quer iluminar e aquecer os que andam na escuridão e na sombra da morte. A força libertadora e transformadora, que se revelou há mais de dois mil anos em uma criança, se revela nos nossos dias através do Papa Francisco, quando demonstra claramente que o diálogo e a cooperação são essenciais na vida cristã, sem se afastar da misericórdia, falando-nos, com veemência, da importância do exercício da generosidade e do perdão, assegurando-nos que o perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração.
A profecia de Isaías anuncia a aurora de uma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afeto de José, no contentamento alegre dos pastores. Que o sinal da humildade de Deus levado ao extremo no reconhecimento dos magos, na divindade de Deus naquela frágil criança, convença a humanidade de que Ele é imprescindível.
Convencidos sejamos sempre mais de que Deus quer nos ver levantados e de lâmpadas acesas. Jesus, segundo o Papa Francisco, não é somente um amigo; é um mestre de verdade, que revela o caminho para alcançar a felicidade. Que Ele nos indique e revele com carinho e amor o caminho, tão bem caminhado pelos magos.