Não nos cansemos de agradecer ao bom Deus por um Papa Francisco amigo, de coração grande, bom e generoso, no seu sonho de perseguir a esperança indissolúvel, de a terra transformar-se em céu e de o céu transformar-se em terra.
Por Geovane Saraiva*
Papa Francisco, por ocasião da Missa do Galo de 2015, anunciou ao mundo uma forte e profética mensagem, pensando na sobriedade: “Numa sociedade embriagada pelo consumo, prazer, abundância, luxo, aparência e narcisismo, Jesus nos chama a um comportamento sóbrio, simples, equilibrado, linear, capaz de entender e viver o essencial”. Que a partir da reflexão do Romano Pontífice, aproveitemos deste clima favorável de Natal, que de acordo com a vontade de Deus, tem a finalidade pedagógica de encher nossos corações de esperança. Para que essa esperança não seja passageira, somos convidados a continuar diante da manjedoura, numa atitude de oração de louvor, agradecimento e súplica.
Assaz, o Santo Padre jamais quis se afastar do lado místico quanto profético, tomando para si as dores e as angústias do mundo, alhures também mandou um recado ao mundo: “Mas também, hoje, Jesus chora! Porque nós preferimos o caminho das guerras, o caminho do ódio, o caminho das inimizades. Estamos próximos ao Natal: teremos luzes, festas, árvores luminosas e presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras. O mundo não entendeu o caminho da paz!”.
Não nos cansemos de agradecer ao bom Deus por um Papa Francisco amigo, de coração grande, bom e generoso, no seu sonho de perseguir a esperança indissolúvel, de a terra transformar-se em céu e de o céu transformar-se em terra. Na mensagem para o dia de Natal de 2014, acolhamos a mensagem do Salvador do mundo externada pela boca abençoada de Francisco: “São as pessoas humildes, cheias de esperança, na bondade de Deus, que acolhem Jesus e O reconhecem. Assim o Espírito Santo iluminou os pastores de Belém, que correram à gruta e adoraram o Menino”.
O Sumo Pontífice alimenta no íntimo do coração um mundo que seja capaz de eliminar a indiferença, vendo-a como um de males de nossos dias: “Não há espaço para a indiferença, que domina o coração de quem não consegue amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Diante da cultura da indiferença impiedosa, nosso estilo de vida deve ser cheio de piedade, compaixão e misericórdia, que extraímos a cada dia das nossas orações”.
Com espírito alegre, renovado e agradecido, nosso pedido ao estimado leitor para rezarmos juntos, neste final de ano e início de 2016, a oração do Augusto Pontífice, Família, Lugar do Perdão:
"Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida, e não de morte; território de cura, e não de adoecimento; palco de perdão, e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença. Assim seja!"