Bom pastor, cheio de amor a Deus e próximo aos seus irmãos
Por Agência Fides
“Poucos dias antes do início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o exemplo de Dom Romero seja para a sua amada nação, um estímulo por um anúncio renovado do Evangelho de Jesus Cristo, anunciando-o de forma que o conheçam todas as pessoas a fim de que o amor misericordioso do Divino Salvador entre no coração e na história desse povo bom.” Foi a exortação que o Santo Padre Francisco dirigiu aos participantes da Peregrinação proveniente de El Salvador, em sinal de agradecimento pela Beatificação de Dom Oscar Arnulfo Romero, ocorrida em 23 de maio passado.
Em seu discurso aos peregrinos recebidos em audiência no dia 30 de outubro, o Papa recordou Dom Oscar Arnulfo Romero como um “bom pastor, cheio de amor a Deus e próximo aos seus irmãos”, que chegou “a dar a vida de maneira violenta, enquanto celebrava a Eucaristia, sacrifício de amor supremo, sigilando com o próprio sangue o Evangelho que anunciava”.
Também hoje “o sangue de um grande número de cristãos mártires, de modo dramático, continua sendo derramado no campo do mundo com a esperança certa que dará frutos numa colheita abundante de santidade, justiça, reconciliação e amor a Deus”. Depois de recordar que “não se nasce mártir, é uma graça que o Senhor concede, e que de certo modo diz respeito a todos os batizados”, o Papa Francisco explicou que “o mártir é um irmão, uma irmã, que continua nos acompanhando no mistério da comunhão dos santos, e que, unido a Cristo, não se distancia de nossa peregrinação terrena, de nossos sofrimentos, de nossas angústias”.
Enfim, o Papa evidenciou que o martírio de Dom Romero não foi somente no momento de sua morte, “porque uma vez morto, eu era sacerdote jovem e fui testemunha, foi difamado, caluniado e ofuscado, e o seu martírio continuou também através de seus irmãos no sacerdócio e no episcopado”.
Discurso do Papa, na íntegra em espanhol