Os governantes deveriam aproveitar as oportunidades que os migrantes oferecem para entender a realidade das periferias e deveriam apreciar a contribuição destes para a coesão social
Por Rádio Vaticano
Foto: Reuters
“Quando as políticas para a mobilidade humana e para a coabitação multiétnica afirmam os direitos humanos elementares, os migrantes passam a ser uma ‘prova viva’ da qualidade de uma democracia”. A afirmação é do Observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, Arcebispo Silvano Tomasi.
No contexto do painel promovido pela Organização Internacional para as Migrações que abordou, na terça-feira (27/10), o tema de novas parcerias para administrar a mobilidade dos migrantes nas cidades, o Arcebispo recordou que, em 2050, mais de 6,4 bilhões de pessoas viverão em áreas urbanas.
Cidade global
Nesta “cidade global” em que “os migrantes contribuem para o desenvolvimento social e econômico das cidades que os recebem”, Dom Tomasi fez uma exortação: “Os governantes deveriam aproveitar as oportunidades que os migrantes oferecem para entender a realidade das periferias e deveriam apreciar a contribuição destes para a coesão social”.
Cidadania compartilhada
Ao incentivar a contratação de migrantes por parte de organizações locais, o arcebispo observou que tal estratégia permite que sejam compartilhados valores culturais, além da promoção do diálogo entre os países representados.
“Esta experiência promove uma atitude de abertura à outras culturas... isto reforça o sentimento mútuo de confiança que contribui para a dinâmica do processo de integração em uma via de duas mãos, necessário para a criação de uma cidadania compartilhada”.
Fonte: br.radiovaticana.va