Curso Ad Gentes encerra com avaliação e até 'reclamação"

Por Assessoria de Imprensa

O Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM), realizou entre os dias 3 e 27 de agosto mais um curso para missionários e missionárias destinados à missão Ad Gentes. A formação contou com a participação de 22 pessoas entre leigos, presbíteros e religiosas, destinados a países como Angola, Guiné Bissau, Moçambique, Quênia, Zimbábue, Bolívia, Equador, Guatemala, Haiti e Israel.

Durante 25 dias os participantes aprofundaram temas que os ajudaram entender mais a missão ad gentes e seu significado na vida da Igreja. "O envio a países e contextos tipicamente missionários é algo de muito diferente e muito especial em relação a qualquer outra formas de ‘missão'. Com efeito, esse envio exige da pessoa uma adaptação fora do comum a culturas e línguas locais", explica padre Estêvão Raschietti, diretor do CCM. O responsável pela coordenação do curso lembra também, que já o papa João Paulo II afirmou em sua Encíclica missionária que, "sem a missão ad gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada do seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação" (RMi 34).

"É, portanto, imprescindível promover e cuidar da formação de quem for chamado a um envio além-fronteiras, até porque a própria Igreja de origem vai imensamente se beneficiar com o respiro universal que esses missionários e missionárias trazem de volta", acrescenta padre Raschietti.

O programa do Curso contou com sete abordagens consideradas fundamentais para uma formação missionária qualificada: a dimensão humano-afetiva do missionário; os fundamentos bíblicos da missão; o percurso histórico da evangelização até os dias de hoje, particularmente na América Latina; as problemáticas ligadas ao encontro com outras culturas e religiões; os grandes desafios relacionados ao continente africano; a teologia da missão no magistério da Igreja; a espiritualidade missionária.

O Curso teve também uma dimensão prática com aulas de iniciação ao aprendizado da língua inglesa e francesa. Para a professora Susana Marques de Oliveira, coordenadora dos cursos de línguas no CCM, "o verdadeiro encontro com as diferentes culturas se dá através da língua. É muito importante para o missionário que se prepara a sair do país ter uma iniciação prática do que quer dizer estar no mundo do outro". Esse breve treinamento de aprendizagem teve como objetivo celebrar a Eucaristia em inglês e francês, aprendendo orações, respostas, cantos, mergulhando assim na experiência espiritual do outro através da fé que nos une.

Avaliação e "reclamação"
Os participantes avaliaram que o curso ultrapassou muito as expectativas, levantou questionamentos e apontou caminhos para uma profunda revisão da própria vida, conforme disse um missionário: "o chamado à missão ad gentes leva a pessoa a uma radical conversão de si mesma".

A "reclamação" unânime foi que o CCM deveria divulgar mais seus cursos, e a CNBB deveria insistir junto às congregações e às dioceses para que essa formação seja imprescindível na iniciação dos missionários e das missionárias que vão a outros países.
O Curso proporcionou diversos momentos de interação, oração, confraternização e partilha que ajudaram a criar laços significativos de comunhão e de amizade entre os participantes. "Sem dúvida nos lembraremos da experiência excepcional vivida no CCM", escreve uma missionária em sua avaliação. Na confraternização final, os missionários e as missionárias fizeram questão de agradecer cada um e cada uma dos participantes, a da equipe de coordenação e os funcionários da casa com essas palavras afetuosas de gratidão:

Bolo do Ad Gentes
Hoje é para nós uma noite de festa. Então não é problema fazer uma homenagem a cada um(a). Então vamos fazer um bolo que vai se chamar: Bolo Ad Gentes!
Para fazê-lo precisaremos de:uma tigela que seja tão grande como o coração do Williarn, Alair, Lusiane e Maria Della Giustina. Uma forma tão redonda como a delicadeza da Claudete, Vanderléa e Maria dos Santos. Uma xícara charmosa como o charme da Jovelina, Liana e do Fábio. Um copo tão transparente como o espírito de firmeza da Nilza, Vera, Ruth e Zenaide. Uma colher tão forte como a coragem de dom Paulo.

E para os ingredientes: o açúcar da meiguice da Ana Paula e Joseane. Uma pitada de sal dos conhecimentos seguros dos nossos assessores(as). A manteiga do despojamento da Madalena, Cecília, Lucinea e Alessandra. Uma taça de licor da alegria de todos(as) nós.
Juntando estes e outros ingredientes preparemos a massa que deve ter a firmeza da responsabilidade do padre Estevão, da Emilene e da Vilani.

Vamos levar ao forno que deve ter o calor humano das professoras Juliana, Susana e do professor Gustavo.
Os ingredientes somados ao carinho e dedicação dos funcionários (as) e de todos os que colaboraram na casa; garantem o sabor do bolo que terá o gosto da amizade da Rita.

Vamos para a cobertura. Esta deve ser tão firme como a nossa fé e tão leve como o nosso coração, para acolhermos uma nova cultura.
Agora vamos servir o bolo, que será cortado com um talher bem forte como a nossa luta pela vida. E servi-lo num guardanapo tão resistente como a nossa disposição para sermos enviados(as) a serviço do Reino. Que coisa bonita!

Fonte: CCM

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