"Haiti não ajuda seus migrantes a regular o próprio status", acusam intelectuais dominicanos

Por Agência Fides

Aumenta a tensão entre a população haitiana residente na República Dominicana porque o governo de Haiti impede a entrada em seu território dos próprios cidadãos que residem ilegalmente no país vizinho e que não conseguiram completar o processo de adesão ao plano de regularização dos estrangeiros, atuado pelo governo dominicano.

Chegaram à Agência Fides testemunhos de situações muito tristes e complicadas consequentes do caos que afeta um numeroso grupo de haitianos em situação irregular em Santo Domingo e Santiago.
Muitos haitianos fazem filas todos os dias na frente da Polícia em Santiago para retirar o documento que comprova a abertura do processo de regularização da cidadania.

Muitos, porém, denunciam que as autoridades haitianas não lhes deixam entrar no Haiti para pedir um documento válido, como a carteira de identidade ou a certidão de nascimento, indispensáveis para regularizar sua situação na República Dominicana.

Uma nota enviada à Fides ressalta que muitos intelectuais e políticos dominicanos criticam o desinteresse do governo de Haiti pelo destino de seus cidadãos imigrados na República Dominicana, levando a opinião pública internacional a crer que a culpa é apenas do governo dominicano.

Em várias ocasiões, a Igreja assinalou a disponibilidade da população dominicana e da própria Igreja a resolver este problema (veja Fides 12/06/2015). Poucos dias atrás, Dom Jesús María de Jesús Moya, Bispo emérito de San Francisco de Macorís (R. Dominicana), disse: "A nossa república é muito clara sobre a questão Haiti, porque o povo dominicano e a Igreja são extremamente solidários com os haitianos, nós o amamos muito e realizamos juntos a pastoral. Portanto, chegou a hora que as organizações internacionais parem de dizer mentiras".

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